NOVO PODER TRIPOLAR – A CAMINHO DA EVOLUÇÃO OU DA INVOLUÇÃO (?) Por ARTUR ALONSO

 


"Aqueles que tiverem possuído o Divino Conhecimento, brilharão com todo o brilho dos céus. Mas aqueles que o tiverem ensinado aos homens, segundo os caminhos da Justiça, brilharão como estrelas por toda a Eternidade…“(Do Livro do “Zohar”)

O sistema

Entendemos por sistema um conjunto de regras, princípios, medidas, normas, procedimentos que regulam o funcionamento duma coletividade. Para que este seja efetivo, a coletividade em si deve criar antes uma ideia compartilhada de comunidade. Ou seja, algo, comum que mantenha essa unidade. Pelo qual um verdadeiro sistema deve tender a uma relativa estabilidade, dentro dessas normas comuns, que verificam aquela unidade.

Sistemas complexos, como nosso corpo, precisam de homeostase para manter sua estabilidade. Esse tipo sistema deve tender àquilo que brilhantemente explicou Claude Bernard, quando definiu a “homeostase”. E dizer procurar que todos os mecanismos vitais, por muito variados que sejam entre si, tenham por comum objetivo a manutenção da estabilidade. Dai que sempre se faz preciso procurar essas condições, que influam positivamente no desenvolvimento adequado do meio interno; ou seja verificar e intensificar os mecanismos que beneficiam a maioria, no seio da própria comunidade.

No nível biológico a sobrevivência daqueles organismos, que interagem na natureza, fá-los requerer dum meio interno homeostático. Assim como dum médio ambiente externo adaptado às suas características. Médio onde a “seleção natural” de Darwin, esteja compensada com aquela “ajuda mútua” estudada por Kropotikin. Isso, de algum modo, facilita também uma espécie de homeostase externa.

Eis pois que o verdadeiro sistema procura a harmonização, tende para o equilíbrio; caminha para um ordenamento vital, vivo, em movimento, mudança, mas com intuito de evolução, aperfeiçoamento. Se assenta no construir. Na Paz, na esperança, no acordo, no diálogo participativo (de todos os sectores representativos, dos diversos coletivos) e, pelo tanto no consenso.

Projetando seus anelos na busca da distensão. Distender, estender-se, alongar-se para diversas direções - ate atingir o círculo que aglutina - os limites. Para finalmente unificar, os variados critérios, num plano conjunto de trabalho inclusivo e não excludente.

Anti-Sistema


Pela contra por definição o anti-sistema, se opõe ao sistema. A ordem estabelecida. Quebra a harmonia, a homeostase, na procura do desgaste, buca pela entropia que volta ao caos inicial, antes de começar a organizar-se o cosmos. Caminha para a destruição e não para construção. Fomenta dinâmicas de guerra, de confronto, de imposição, de não colaboração.

Força poderosamente a base involutiva, evoluindo, através de fomentar o desequilíbrio; como veneno corrosivo, tóxico, que desgasta os esforços do sistema na organização.

Não entanto o anti-sistema é também uma ferramenta natural de reciclagem, em cada fim de ciclo (quando o velho sistema entra em decadência). Aqui o anti-sistema torna-se uma oportunidade para reciclar o velho e permitir surgir o novo: fechando a porta daquilo que contrai, decai; abrindo as portas daquilo que inicia lentamente sua expansão necessária. Ao igual que no nosso corpo, chegada a hora precisa da morte, o Anti-sistema cria sua especifica metástase, necessária para desconstruir o velho e permitir o inicio do novo. As células cancerígenas começam a disseminar-se do seu foco primogénito, formando novas colónias, ate finalmente contagiar todo o corpo, já contaminado e doente. O velho morre deixando espaço ao novo.

Assim por analogia, podemos compreender, que chegado um momento de máximo esplendor, qualquer sistema social em expansão, começa contrair, gerando das suas anteriores pequenas contradições problemáticas insalváveis; que obrigam a mudança completa do paradigma velho, onde aquela coletividade se assentava. Permitindo, deste jeito, ultrapassar o velho sistema já morto, por um novo sistema já em ascenso. Graças as dinâmicas negativas de contração, destruição, decomposição pela força se obriga à coletividade a abandonar o velho e dar bem-vindas ao novo. Esta mudança e obtida pelo o impulso das práxis negativas viciadas criadas pelo anti-sistema. Assim podemos inferir que a espiral expansiva em rotação (dentro das dinâmicas energéticas toroidais, estudas pela física quântica), contem dentro si outra espiral em rotação contraria. Ambas exercem o papel de sistema e anti-sistema. Alternando-se mutuamente, no papel, segundo uma, das duas, ascenda e outra decaia.

Seguindo, como aparentam seus movimentos, características próprias da lei universal da polaridade. Lei natural geradora da vida – no seu aspeto de união masculino, feminino. Sendo que  através desta polaridade bem – mal, negativo – positivo, construtivo – destrutivo, os seres humanos fazemos nossa aprendizagem, no espelho comparativo desta grande experiência que é a vida.

Ideia de Dualidade 

"Na criação do mundo houve dois universos paralelos. O universo sem defeito era a Árvore da Vida, e a realidade estava na Árvore do Conhecimento. Nesta habitam o bem e o mal. O ser humano recebeu de Deus a capacidade do livre arbítrio. Quando escolhemos a Árvore da Vida, optamos pela inexistência do caos. Quando Adão conectou-se à Árvore do Conhecimento e comeu o fruto proibido, fez a sua escolha, a conexão com o caos, que depois chegou à sua forma bem mais elevada: a morte.” (Arnaldo Niskier, Revista Brasileira. Separata “O Zohar – Alma da Cábala”. Outubro, Novembro, Dezembro 2011 – Nº 69)

Para obter o conhecimento é preciso ver em contraste – o Sistema: Árvore da Vida e o Anti-Sistema: Árvore do Conhecimento.

Para voltar a entroncar no Verdadeiro Sistema da "Árvore da Vida", precisa-se iniciar um caminho do meio, que transite entre o bem o mal - próprio da "árvore do conhecimento" ("árovre" desenhada na polaridade mesma). O caminho do meio é aquele sugerido pelo Budha: o caminho da neutralidade. Caminho que somente poderá ser visível se completar ao encontrar o "Amor Incondicional" do cristo. Por meio da a óctupla senda voltamos a entroncar com a verdadeira ética. Mas curiosamente somente poderemos alcançar este "Amor Incondicional", quando atingir aquele oculto conhecimento que nos permita retornar ao contanto com a Árvore da Vida. E esse retorno solo é possível com a superação da ignorância, trás transitar, vida após vida, a senda espiralada da sofrida Árvore do Conhecimento.

Uma vez trespassados seus sinuosos caminhos de descobrimento, teremos chegado a desenvolver a tripla pacificação, da qual tanto tempos falado…E que passa, pela pacificação do indivíduo – dentro de si mesmo; a pacificação da sociedade, coletividade com a natureza e; a pacificação entre os povos (através do mútuo e aberto conhecimento, assim como à volta à unidade, pela raiz comum de todos os povos). E dizer, obter o conhecimento real e vital, de como em realidade essa vida tripla: no nosso interior no planeta e cosmos, funciona.

Mudando as dinâmicas de rivalidade pelas de verdadeira igualdade. Mas não confundido igualdade de direitos, justiça social, igualdade nos deveres, com uniformidade matadora da diversidade e pelo tanto da vida. Pois a vida precisa do diverso, em união, para formar o comum, na ajuda mútua refletido. A polaridade em unidade através da união sexual amorosa; feminina, masculino, em geradora da vida e exuberância. Enquanto a união sexual não amorosa, forçada, imposta, gera a contração da exuberância: a frustração, o encolhimento da alegria, a expansão da tristura.

Dai a igualdade dentro da diversidade, ser precisa, para permitir desenvolvimento de todos os seres vivos, com espaço vital suficiente para desenvolver seus projetos de vida. Pois esses projetos bem encaminhados, são células vitais que irrigam energia potencial ao resto do sistema. Alegres, vitais, essas células criam vida dentro da vida: exuberância (sempre que respeitemos seus ciclos devidos de regeneração natural). Contraídas, forçadas, amargamente irradiam energia ao sistema. Dai, que as condições de igualdade, respeitem também, a diversidade.

Igualdade – Fraternidade

O igualitarismo deve dar-se também então no plano da legalidade, no plano de justiça mesmo na económica, mas não no Estado Evolutivo – onde cada ser deve estar no seu nível adequado (com a  sua respeitiva aprendizagem), ótimo para seu crescimento. Esse nível deverá ser conquistado com seu esforço, trabalho, capacidade ética, consciência… Independentemente, que um determinado Estado de Consciência não seja melhor ao outro, ainda sendo mais avançado ou atrasado, no aspeto da sua humana evolução.

Sendo este o matiz igualitário.

No entanto o Estado evolucional marca a tónica de vida de cada ser humano, e segundo esse estado, cada ser deve servir a sociedade, conforme suas capacidades. Cada humano no espaço onde sua experiência vital precisa, também for útil para coletividade, onde cada individuo esta inserido. Os mais evoluídos intelectualmente fazendo os planos específicos, de cada matéria, que possam depois ajudar a contínua mudança, avançar na harmonização sistémica. Os mais evoluídos espiritualmente, transmitindo as tónicas pelas quais, as novas filosofias, trabalham na mudança do imaginário coletivo em favor da paz, o bem, a vida: com amor, dedicação, vontade, perseverança e fé. Os mais evoluídos fisicamente, ali onde seu poder é adequado para defesa dos mais deveis em esse aspeto, contra possíveis tentativas de impor pela força física à vontade ególatra.

Os mais evoluídos em todos os campos, tornam-se assim guias naturais (entre iguais, pois cada quem destaca em seu campo). Guias que encaminham os outros – abrindo novas portas. Passos que abrem trilhos para que os menos favorecidos, possam transitar e ter mais alternativas e escolhas, a hora de realizar seu caminho de ascensão, em face duma nova coletiva consciência.

Todos e todas, trabalhando para si, e em comum, criam a tripla pacificação – do ser interior, do entorno, e dos povos.

Ideia de Igualitarismo

O professor Armando La Torre, em conferencia intitulada “Sociedade Civil, Democracia e Desenvolvimento em América Latina”; realizada na Universidade Francisco Marroquin, a 28 de Agosto de 2009, afirmava que o mito da igualdade, tinha uma origem por etapas. Primeiramente desenvolvido pelos “Estoicos” gregos, na sua visão de igualdade dos seres humanos, conforme a sua natureza. Mais tarde o cristianismo acrescentou a ideia de igualdade ante Deus. No século XVII, na Inglaterra surge a ideia de igualdade ante lei, no sentido que todos os seres humanos deviam ser punidos com as mesmas sanções, segundo os diversos crimes.


E finalmente, na revolução francesa desenvolveu-se o conceito de iguais em logros. Ou o que é o mesmo, direito de uma certa igualdade de ingressos. Este conceito da revolução francesa, seria transformado na revolução russa, na igualdade entre proletários, camponeses e marinheiros.

Para ser transformada no igualitarismo preciso, para controle social dos poderes totalitários, nos regimes comunistas, a partir do processo burocrático de "Nomenklatura" - onde uma elite estatal controlava o resto da cidadania.

Desde este ponto de vista teríamos, a igualdade natural, a igualdade ante Deus, a igualdade ante lei, o direito a igualdade de rendas e finalmente a igualdade política. Este ultimo mal focado daria lugar ao igualitarismo na base dominada, e ao igualitarismo dominador que por cima controla o estado – Havendo entre eles, a partir da era Khrushchov, um abismo de ingressos.

Ou o que seria o mesmo, empobrecimento do ricos, mantimento da austeirdade dos cidadãos, e certo enriquecimento dos burocratas que controlam o estado e a sociedade… Enriquecimento que ainda estaria muito longe das Oligarquias Capitalistas...

Enquanto a ideia original inglesa de igualdade ante a lei, tem derivado em nossas sociedades capitalistas, na ideia de igualdade de direitos e deveres. Cidadãos contribuindo a Fazenda Pública e mantimento do Estado, em troca dum Estado que promulga leis, que protegem ao indivíduo contra as arbitrariedades do poder. Mas, que na pratica, tem-se desenvolvido (no seio de nossas sociedades ocidentais) um poder mercantil à sombra, que controla os Estados. Este poder exerce uma influência tal sobre o legislativo, executivo e judicial, que finalmente se cria uma espécie de dupla legalidade – favorecendo tanto nos direitos como nos deveres, sempre ao poder das Grandes Corporações Privadas.

Adequando a legislação a esta realidade. O qual, em tempos de fim de ciclo, involução sistémica, perigo de implosão anti-sistema, cria dinâmicas de autodestruição, desalento, desilusão-depressão, que criam inercias em favor da contração. Favorecendo as dinámicas entrópicas do anti-sistema. No entanto estas dinâmicas muitas vezes ficam tapadas, escondidas, pelos véus criados numa ilusão mediática – hipnótica, que desvia da realidade o imaginário individual e coletivo. Mas este "Maya - Cortina" não se corresponde com a verdadeira realidade…

Assim, que desgraçadamente, nossa escolha fica limitada, entre um caminho de perda de liberdade, no excessivo controlo estatal, e um caminho de falsa liberdade de escolha, no controlo financeiro privado. Sendo a escolha real entre o poder do Estado ou do Mercado: Servir a Elite burocrática do Estado ou a Elite Financeiro Burocrática do Mercado.


Escolha entre dous Sistemas – ou fusão entre ambos…

Assim as cousas, aparenta não haver outra alternativa, para a humanidade, que escolher entre uma organização social baseada no livre mercado – capitalismo – liberalismo (em suas diversas vertentes e graus) ou uma outra baseada no controlo estatal do mercado – comunismo – socialismo (em suas diversas vertentes e graus). Ambas em contraposição, concorrência e em permanente guerra (em todas as suas modalidades: desde a guerra ideológica – cultural, do 3º tabuleiro, a guerra económica – comercial, do 2º tabuleiro, ate a mais crua guerra militar do 1º tabuleiro).

Em ambas modalidades de escolha uma elite dominante, controla a população, mediante o uso coercivo da engenharia social, e da imposição dos, mais estreitos ou mais amplos limites. Limites a não ser ultrapassados. Mantendo as margens precisas de pressão, por meio dum sistema judicial, criando dentro próprio sistema, para evitar a queda do mesmo.

Poder Legislativo, Executivo e Judicial, conjuntamente trabalhando para a manutenção do sistema político – económico – militar. Com maior ou menor autonomia, dentro das margens que o sistema permitir, segundo maior o menor forem as marcas, que permitam certa liberdade individual e coletiva, dentro do controlo social, exercido pelas elites que comandam aquele sistema.

Nos últimos tempos esta escolha - tem mudado sua dicotomia - após o fim da "Guerra Fria" - queda da URSS - pela de novo poder Estatal neo socialista em combate contra o novo poder Privado - Corporativo - virado ao um neo fascismo ("Tecno-feudalismo" estudado por Varoufakis) - mas a dualidade persiste. 

Mas em todos os casos, as hierarquias dominantes elaboram a ideia, criam o pensamento, e difundem, mediante engenharia social o novo paradigma, que cria a realidade existencial, na qual os seres humanos, que vivem nessas coletividades, desenvolvem seus particulares caminhos ou viagens: sua experiência vital.

Vivendo, na prática, num continuo cenário de guerra.

Guerra em diversas modalidades: individual, pelo acomodo dentro da sociedade. Coletivo, entre diversos coletivos, organizações, associações, pela supremacia em determinados ramos: sejam proletários, burgueses, sejam grupos de famílias, linhagens, grupos em confronto: lutando pelos espaços determinados, nos determinados espetros da sociedade. Guerra direta ou confronto, mais suave, entre países, regiões, ou modelos políticos – económicos – sociais. Guerra intra: dentro de cada indivíduo, de cada organização social (sindicatos, patronal, organizações culturais, partidos políticos…) Guerra externa: entre coletivos, países, regiões… Ou entre blocos de poder global, em luta pela hegemonia.

Assim, vivenciamos o mundo, ainda muito pressionados pela falsa interpretação da teoria de Charles Darwin, de somente serem possível sobreviver aqueles mais forte, astutos e melhor adaptados. Típica visao dum paradigma de guerra – concorrência, próprio daquela "Era Indiana" da Kali-Yuga - domínio da deusa da morte. 

Somente, factível a paz, quando ambos os contendentes, ficar uma situação de força similar – o que determina, a imposição de acordos pontuas. Mas quando um dos contendentes, entrar em contração, o outro vai expandir, impondo seu modelo. Assim, que finalmente, a imposição é norma real a que a anelam os poderes vivos, hoje ancorados no paradigma guerreiro.


A Paz Precisa-se.

 Nos esquecemos  daquela “Ajuda Mútua” estudada pelo russo Piotr Kropotkin, que nos ensina como também, em nosso entorno natural, alem do combate, temos redes imensas de interdependência, e que são precisamente estas redes, que criam (respeitando devidamente os ciclos) a exuberância natural, que permite a vida em harmonia. E essa inter-relação exuberância – distensão, é vital, para concretizar um caminho acertado da paz. Onde a luta pela sobrevivência, dentro das dinâmicas de escassez, não marquem nossa vital experiência. Assim, podemos observar como na África, as manadas de elefantes, são dirigidos por uma matriarca experiente, que impõe sua visão ao grupo; no meio de períodos de abundância e escassez.

Mas no Oriente, na China, as mesmas manadas de elefantes, são dirigidas, de forma mais democrática, por várias matriarcas experientes, em consenso de ideias, onde varias visões convergem, para um objetivo de direção. Mas no entorno ambiental onde vivem estes grupos de elefantes asiáticos, a exuberância alimentar está garantida.

A inércia instintiva afirma o comando único - do líder forte, sem dissidência, em tempos de precariedade, enquanto se abre para a achega de ideias diversas e síntese em tempos de maior abundância. 

O grande problema é que imersos nestas dinâmicas de guerra (que geram contração - falta de recursos), medo a não sobrevivência, nos encontramos na dicotomia: de ante a ameaça de morte, reproduzir aquilo, que visionamos, como contrário aos nossos imediatos interesses ser provocador de miséria. Enquanto aquilo que visionamos favorável, a nosso imediatos interesses ser provocador de sustento. Dai vivermos dentro numa mentalidade coletiva real curto-pracista, que impede trabalhar em favor dum futuro melhor. A mente focada na subsistência. 

Ao mesmo tempo, estas dinâmicas de confronto nos impedem tender pontes de dialogo, somente possíveis numa ambiência de paz. Daí fica apagado do nosso imaginário coletivo o caminho do meio, a pesar da demonstração pratica do Budha de este caminho ser o único que conduz a realização homeostática dum sistema coletivo. E esse caminho começa na distensão individual, em conseguir a paz interior, dentro de cada ser. Eis, por que com força positiva Gandhi afirmava que: “Cada vez que um homem dá um passo em favor da paz, toda a humanidade dá um passo em favor da paz”.

Os novos avanços tecnológicos, nascidos das novas descobertas cientificas, criadas na luta do ser humano para melhorar suas condições de vida; assim como os trabalhos filosóficos em favor duma sociedade mais evoluída; permitem já caminhar em procura duma nova senda da paz.

Mas a tendência guerreira dominante, cria dinâmicas reais tão fortes e estrutura todo entranhado económico – social e militar, em um impulso tão de concorrência – luta, que atrela nossos corações duvidosos a luta irreal pela sobrevivência. Quando hoje, já esses avanços permitem gerar continua exuberância, respeitando os ciclos naturais, se houver um real acordo global, entre as diversas elites, em guerra pela hegemonia - Nos nossos dias entre três potências: Rússia-EUA-China. Sendo que está realidade começa a normalizar uma verdadeira "Tripolaridade".

Avanços que devemos a tantos homens e mulheres, que durante milénios têm trabalhado em favor duma humanidade fraterna e duma cultura da paz; apesar de que muitas vezes, estes avanços foram usados para criar um maior e mais temível belicismo.

Esses mesmos avanços científicos, que incentivam uma mudança no paradigma económico, que a sua vez incentiva uma mudança no paradigma social, marcham sem parada em favor duma necessária mudança no paradigma global guerreiro, que tem dominado à humanidade, desde quanto menos a Idade do Ferro. Mas, como já observamos as inércias de desconfiança, criadas, em séculos de acomodo a viver no mundo da guerra, impedem esse acomodo – mesmo sabendo, que de não ser paradas, a humanidade se encaminha à famosa DMA (Destruição mútua assegurada). São tão poderosos essas inércias, que ao invés de aceitar, que entre este novo poder tripolar, em concorrência pela hegemonia (Império Ocidental – Império Russo - PoderChinês) nao existe possibilidade de vitória; ainda temos alguns “loucos do porão” (como os denominara em seu dia, o ex-presidente americano George Bush pai) que sonham possível obter uma vitoria uma hipotética guerra termonuclear.

Esses elementos devem ficar isolados em toda administração, e deve predominar aquele clima de fria decisão, que mesmo em tempos de grande incerteza e pressão, possa minorar o risco duma guerra fatal. Tal como no seu dia fizeram, como muito bom senso o presidente americano Jonh F. Kennedy, e seu homologo soviético Nikita Khrushchev, mantendo a raia, os setores belicistas dos seus respetivos gabinetes, na famosa “crise dos mísseis cubanos”.


Hoje mais que nunca a paz é precisa. Exemplos dignos são imprescindíveis ; como os de Leão Tolstoi, que escreveu o maravilhoso livro “O Reino de Deus está dentro de vós”, cuja leitura fez caminhar na paz a Ghandi. Mandela, que mudou do guerreiro africano de raiz zulú; ao homem da paz e do consenso… E de tantos outros, que deram sua vida em prol da mudança do paradigma de guerra. Estes exemplos, nas elites culturais, espirituais e políticas deveriam ser já uma norma e não uma exceção.

A Guerra Comercial Deve Parar- Acomodo Global.

Assim que guerra comercial, que agora entra numa fase muito incerta, entre EEUU-China, deve parar. Aqueles loucos que sonhem que a jogada das tarifas pode travar a economia e o avanço tecnológico chines, estão destinados ao fracasso. China, possui no seu haver ou mediante a aliança com Coreia do Norte, mais do 70% das denominadas “terras raras”, ou terras que produzem os minérios precisos para o despertar tecnológico. O problema da dependência dos "micro-chips" d Taiwan - o tem ressolto com relativa eficacia - mesmo inovando desde dispositivos mais velhos... Encarecer ou travar a produção de produtos, com destino a Ocidente, poderia criar um problema muito grave a Industria Tecnológica dos EUA e também nas Corporações norte-americanas - Substituir China com fabrica do mundo - tentando deslocar a produção a outros países como Índia - não tem funcionado, devido ao alto nível tecnológico dos atuais trabalhadores chineses e logística tão bem entrelaçada da maquinaria de exportação chinesa ... Trazer de volta o pavilhão industrial ao Estados Unidos não é algo que possa realizar em um par de anos...

A maiores China ainda é um grande possuidor de títulos da dívida norte-americana, mesmos nos últimos tempos tenha acelerado sua venda.

Mesmo se decidir começar a vender livremente suas notas de dívida Reserva Federal América, poderia provocar um tsunami contra o dólar – incrementando os juros dos mesmos e fazendo mais difícil os pagamentos de estes títulos, em seu devido vencimento. No entanto, a frialdade chinesa, tem mostrado uma perceção de que evitar piorar as cousas, contribui mais, a evitar uma guerra.

Mesmo a pesar do “tarifaço” da administração Trump, ter baixado o volume de saída de barcos dos portos chineses, ameaçando a expansão comercial dum poder chinês muito virado na exportação, a China está a enfrentar o tema – com retaliação sobre sectores estratégicos para a economia norte-americana como as agrícolas e tecnológicas. Limitando a compra de produtos destas áreas aos EUA. No caso da Boing o bloqueio de compras é muito lesivo. Daí que o próprio governo norte-americano tenha chamado a uma mesa de negociações, que segundo a Secretaria de Impressa do Governo Trump, terá de solicitar a China. Segundo o seu homologo chinês terá de ser o governo norte-americano, dado ele começar a guerra comercial.

Estamos diante, dum império chinês em expansão, e um império ocidental, em contração e divisão: EUA abandonando Europa a sua sorte, achando a Rússia mais importante para seu desenvolvimento. Um poder norte-americano que acha a Ásia o centro de desenvolvimento do novo século. Travar a China, rematar a guerra da Ucrânia, separar a Rússia da China, parece ser sua prioridade.

China, adequada melhor a mercados abertos, obriga ao ocidente dividido a impor muralhas, travar seu avanço. Com uma Europa jogando a deitar-se nas mãos de Beijing, se os norte-americanos não reagir – e voltar a estabelecer um novo entendimento com ela.

Mas isso não é uma boa noticia para o Ocidente. Ocidente dividido não pode por muito tempo virar impondo muros, numa economia que ele mesmo criou, no sonho do poder financeiro ocidental dominar o mundo. Si isso continuar por muito tempo, se China, resistir bem e ser capaz de contornar os cercos: Ocidente terá de enfrentar-se ao seu maior pesadelo: aos poucos ceder o comando económico.

E isso seria como reconhecer que no novo cenário, implementado pela lei de continua mudança, o empreendimento chinês, em todas as áreas: capital humano, capital tecnológico, capital económico… vai, aos poucos, subtilmente substituindo a um mundo ocidental já em decadência.

Assim, que si Donald Trump consegue submeter China, nesta guerra comercial, poderia permitir ao Império Ocidental dominar ainda o globo nas próximas décadas – Daí a necessidade norte-americana de travar a modelo globalizador e suas Instituições (já muito infiltradas pela China) – e começar a realizar um novo reagrupamento em torno de Washington – Ameaçando aqueles que se aliarem com o poder chinês. Mas agora a China também ameaça aqueles que, por pressão norte-americana, incumplam seus compromissos com Beijing.

No entanto, se ao invés, Trump não poder conseguir  ganhar esta partida, somente ficaria uma outra opção: controlar Rússia. Rússia devido a sua extensão geográfica é o único pais capaz de encurralar China. Daí os Estados Unidos ficar menos expostos a guerra de desgaste da Ucrânia, mas permitindo os europeus sigam aí a pressionar a Rússia. No entanto este plano, de momento, não tem funcionado. E isso, nos mostra outra cara da realidade, da que muitas vezes ocidente não gosta reconhecer, e é que a pesar da vitoria dos anos 90, que produz o derrube total da URSS   (lembram os russos que da Perestroika, rumaram à Catastroika), a nova Rússia de Putin, soube manter o capital humano preciso para manter em mínimos, e logo renovar seu arsenal militar, a tal ponto, que com menos do 10% do que investe EEUU em armamento,  a Rússia se tem tornado um poder imbatível, ate o momento, em esta área – Mesmo sobrevivendo a um longo confronto com a OTAN,  numa guerra por procuração na Ucrânia, da qual o exercito ucraniano é totalmente dependente da tecnologia, logística, adestramento, assessoria e armamento dos países OTAN.

É possível, que no final deste embate, os dirigentes do mundo sejam capazes de dar-se conta, que em meio duma crise económica global é melhor um acomodo. Com a quebra sistémica de 2007-2008, da qual as finanças mundiais nunca se recuperaram (em realidade somente a alquimia financeira, baseada no engano de compra de ativos próprios pelas mesmas Corporações, aproveitando os incentivos do governo dos EEUU, tem permitido aparentar normalidade e mesmo crescimento). Com a queda do modelo capitalista - na sua fase financeira -  somente um possível acordo global, entre iguais – Entre o novo Poder Tripolar: Rússia – China – EUA – pode evitar uma queda no abismo da guerra. Um novo acordo - um Yalta 2.0 - onde ambos os Três concorrentes da Nova Tripolaridade, se sentem a desenhar um novo marco mundial, com novas normativas e novas pautadas a seguir.


Esse assemelha ser o único caminho para sobrevivência coletiva. A paz é precisa. E as dinâmicas globais, entre guerra termonuclear e acordo global, assim aconselham.


Existem modelos alem dos dous falsos modelos de guerra.

Em realidade, existem modelos alem, destes falsos dous modelos de guerra (falso comunismo – falso liberalismo) onde o poder estatal pode conviver com o poder privado.

A Europa do Estado do Bem Estar utilizou um modelo a metade de caminho – caminho do meio – entre socialismo e liberalismo. Que foi permitido por causa das dinâmicas de guerra fria estar mais centradas no continente europeu, e o poder igualado entre trabalho e capital, assim aconselhavam. Mas, tombada a URSS, foi abolido pela pressão da libertação da economia – tomada do poder estatal pelo poder corporativo privado – dando inícios da “partitocrácia”.

Em seu dia esse modelo do "Estado Providência"  deu impulso ao maior avanço e coesão social, que a Europa sonhou em toda sua história.  Permitindo criar um capital humano, que foi em seu tempo a inveja do mundo.

E esse é um modelo a meio caminho, fora das dinâmicas de guerra: onde capital e trabalho dialogam e abrem mutuamente espaços de colaboração, não invasivos, que permitam às sociedades viver em maior harmonia e menor concorrência. Reforçando à ajuda mutua, e minorado a concorrência fatal pela sobrevivência.

Limitando o âmbito da competição aos planos da leal disputa que incentiva a inovação e a procura do conhecimento… sem riscos de confronto, pois, essa concorrência fica suavizada pela ajuda, entre concorrentes, para maior proveito global das sociedades.

E esse desenho pode ser implementando no nível global, para criar acomodo, entre o poder Ocidental e o Poder Emergente… Enquanto o mundo caminha em face de nova e imparável transição ate a nova Idade Tecnológica - onde a Inteligência Artificial vai marcar sua presença: o que significa a maior mudança evolutiva, desde o descobrimento do fogo.

Esse caminho está longe de ser atingindo e , nas novas “Nomeklaturas” de ambos lados do espectro – o poder estatal e o poder privado – em tempos de crise rumam a solidificação dos respetivos domínios, em base a poderes mais autoritários, dando passo a dos modelos em liça, por cima da “Tripolaridade” – o neo-fascismo privado corporativo e o neo-socialismo estatal - ambos dominados por suas respetivas "Nomenklaturas".

Observando, por exemplo, as reformas de Trump - de diminuição do Estado e protecionismo tarifário - nos damos conta que retira pressão e carga fiscal sobre as fortune mais altas - e indiretamente envia o peso tributário sobre a massa social mais desfavorecida. Essas classes sociais enviam renda coletiva em favor dos Poderes Corporativos e das Elites mais poderosas.

 A União Europeia pretende fazer o mesmo com seu rearme. Tentando levantar a industria alemã e francesa (golpeada pela desligação da energia direta russa barata) através duma iniciativa de reabilitar o complexo militar industrial - cujo custo será pago pela classes medias e baixa da suas sociedades.

No Oriente, com a China a cabeça, durante anos se instaurou "um capitalismo selvagem" de mão de obra barata, sem praticamente contrapartidas sociais - No entanto na China de hoje os salários tem aumentado muito, a sanidade melhorado - e tenta uma chegar a unificar-se; mas o sistema de reforma - pensões - aposentadoria segue a ser quase inexistente...

Mesmo assim a diferença crucial entre Oriente e Ocidente - é que no Oriente, nomadamente a China, as populações tem sido usufrutuários duma melhor qualidade de vida - e as esperanças de melhora geracional são altas - enquanto o Ocidente esta curva é inversa: piores condições de vida e menos esperança de melhora em próximas gerações.


A maiores se a guerra tarifaria, entre China e EUA, aprofundar - as mercadorias que não saíam da China (fabrica do mundo) com direção ao Estados Unidos - provocaram despidos massivos por falta de mercadorias. Despidos portuários, paro nos transportes - por falta de carga. Despidos de trabalhadores por falta de reposição - criando uma crise que pode tornar-se estrutural. Daí que as grandes companhias norte-americanas de venda e distribuição se tenham reunido com o Presidente Donald Trump.

A dependência pode ser dos EUA da China, e não a inversa com calculou a Administração norte-americana. Sendo assim a mudança para Oriente poderia acelerar seu ritmo...

Isto monstra um forte indicativo da viragem até a Ásia das novas dinâmicas ativas do mundo. De criar-se, aqui, um novo Centro Geográfico, será em este novo local - na Ilha Mundo - de Mackinder - que a procura dum Novo Sistema, a dar ordem a toda a humanidade, será realizado.  

Ultrapassar o Anti-sistema da Guerra.


Hoje, devemos ser cientes de que vivemos dentro dum anti-sistema de guerra, concorrência, imposição, depredação – onde as máfias do trafico de drogas, seres humanos e armas, a cada dia, têm mais poder. Este anti-sistema no seu modelo entrópico de capital financeiro chegou a seu fim (atingindo seu limite em 2007-2008) – e está tendendo,agora (denão mudar o organograma estrutural) à autodestruição.

Um novo sistema económico e de relações intencionais tem de surgir, e pode ser feito com fricção – guerra ou por acomodo – dialogo.

No entanto esse acomodo, de chegar, evitando a guerra – organizará o mundo, devagar, com um novo sistema político, económico e de relações internacionais. Sua implementação será realizada durante certas décadas, ate essa rê-organização chegar a seu assentamento, marcado pelas sucessivas crises vitais - que impulsem este processo.

E esse novo sistema poderá tender a reverter o anti-sistema, ou a permanecer na superfície operando, deixando o anti-sistema no fundo dominando. Mantendo o anti-sistema bélico como dominador nas sombras.

O anti-sistema pode dominar aí criando um novo centro geográfico hegemónico evolutivo (que muda nas diferentes épocas), e que permite estabilizar o mesmo anti-sistema, marcando limites a involução geral auto-destrutiva. Quando esse centro geográfico involuir, marcando dinâmicas de destruição, um novo centro (que recolhe o melhor da semente positiva do velho) afirma-se em outra latitude.

Como já temos explicado, hoje, o hemisfério norte está a ponto de ter achegado a seu limiar de  centros geográficos de evolução, faltando apenas o Novo Centro Geográfico Euro-asiático para finalizar seu curso. Em este desloque o grande novo poder Tripolar – EUA-Rússia-China está a jogar-se o sua futura posição dentro do novo tabuleiro de xadrez, em base ao reparto do controlo destes novos mercados e rotas.

Sendo que os Estados Unidos, a sua vez estão a recuar sobre o continente Americano – solicitando a toma de pose de Gronelândia – controlo do Canada e o canal de Panamá – com o controlo da Argentina, somado, essa equação, permite monitorizar Ártico e Antártida -  Ferindo de morte as aspirações brasileiras de um novo poder soberano, a irromper no tabuleiro multipolar e multi-nodal desde a América do Sul

Enquanto o mantimento do Estado de Israel permite dinâmicas geopolíticas de incidência no Meio Oriente (Ásia Ocidental) - nó de interseção entre três continentes: Europa-Ásia-África.

Daí as conversas com Terão, em Omar e Roma, sejam de vital transcendência para o desenvolvimento na região – em favor dum acomodo mais amplo ou, no caso contrário, duma possível guerra entre Israel – Irão, que pode derivar em guerra regional ou global.

Sendo que uma vitoria convecional sobre o Irão, possuidor de misseis hipersónicos, se apresenta quase impossível. Observar a efetividade do “huties” do Iemem em manter fechado o estreito de Bab el Mandeb à navegação ocidental – apesar dos empenhos da armada dos EUA- Isso elevaria esta guerra até um possível plano de ataques com carga atómica.

Virando a pior hipótese de anti-sistema – involutivo – entrando em guerra.


Mas além do anti-sistema de guerra involutivo, equilibrado pelo centro geográfico temporal evolutivo; existem modelos de sistema geral evolutivo, com desenvolvimento de anti-sistema nas periferias, que deveria ser o modelo a implementar na nova humanidade. Essa nova humanidade que vai ser gerada nos próximos séculos. Uma humanidade mais evoluída, onde a renovação tecnológica, terá por força de ir acompanhada por uma ampliação da consciência em todos os campos: pisco – emocional, racional mental e intuitivo.

Alguns pequenos exemplos deste tipo de experiências de comunidades onde a guerra entre opostos era substituída pela complementação dos supostos contrários, devido à analogia das partes; têm também existido ao longo da história.

Modelos Complementares

Na historia da humanidade temos observado períodos, onde o modelo comunista - comunitário e liberal - de empredimento invididual, não foram concorrentes e sim complementares. Onde, a ideia da comunidade estar por cima da individualidade ou a ideia da liberdade individual estar por cima da justiça social, foram ultrapassadas. Épocas, onde em certo locais - geralmente isolados -  certas comunidades entederam como o social podia trabalhar para liberdade individual, e a liberdade individual em favor da comunidade.

Aí o comunismo, permitia efetivar o livre arbítrio, e o livre arbítrio – liberalismo, com o necessário empreendimento individual, revertia em favor da coletividade: gerando mais-valia para todo o conjunto. Sociedades particulares onde onde os indivíduos  e a comunidade compartihavam da "ajuda mútua" – Mantendo um igualitarismo ante a lei, ante a natureza, e ante a ideia de ser seres universais, nascidos duma inteligência criadora, cuja demonstração mais vital era a semente. E, a sua vez, os individuos mais evoluídos guiavam essas comunidades, em conselhos de sabios - cada quem em sua tarefa específica. 

Lembrando todos vir da mesma fonte. Observando essa natureza da unidade na mente universal ao observar a semente. Pois, dentro de cada semente, uma informação genética, mantêm seu plano de vida – algo que somente poderia ser efetuado por uma Mente Cósmica…

Eis então, que em essas épocas, igualitarismo não equivalia a uniformidade e liberalismo não equivalia a cumprir a vontade individual ególatra dos mais poderosos.

O caminho do meio estava traçado e aquelas comunidades vivenciavam esse viver harmónico.

Para chegar a implementar esse modelo complementar de paz, que ao longo da historia conhecida, foi vivenciado em pequenas comunidades em breves períodos de tempo, é preciso uma profunda mudança de consciência individual e coletiva, trabalhada na já falada Tripla Pacificação.


Na historia temos exemplos de comunidades como os Pitagóricos, Estoicos, Essênios, nazaritas, comunidades gnósticas cristas como as de Prisciliano na Gallaecia, herdeiras do judaísmo de Qumra, junto as achegas do judaísmo do Egito, que deu no gnosticismo - aqueles Cátaros do Langedoc... Algumas comunidades indígenas da América do Sul ou Norte-Americana-  com uma consciência muito desenvolvida espiritual e ecologicamente.

Comunidades onde o comunismo, entendido como igualdade, não uniformidade e o liberalismo, entendido como exercício pleno do livre arbítrio, se tornavam necessários e complementários na experiência vital. O livre arbítrio trabalhava em favor da comunidade, e a comunidade em favor do livre arbítrio. O individual gerava riqueza no comum, e o coletivo permitia iguais oportunidades, nos indivíduos – dentro da tónica evolutiva de cada um. Cada um cumprindo sua missão, para seu benefício e para benefício do coletivo.

Este modelo de coletividades pequenas, pode ser expandido em Impérios Universais Reitegracionista (como já temos analisado em outros textos) – onde diversas etnias, com diversos credos e diversas formas de organização política, tem coexistido.

Foi e ainda é possível este modelo. Mas somente pode realizar-se em sociedades onde o desenvolvimento psicológico e espiritual, individual e coletivo, sejam a norma e não a exceção.

Daí, ser também preciso um novo Centro Geográfico Universal, que permita irradiar esse novo modelo social.  O nascimento desse novo centro – se realizar-se para o bem, a justiça e a beleza – pode chegar a tomar a forma de um novo Império Universal Reitegracionista (como já temos explicado em outros textos ). Aquele Império que permite a diversidade, ao tempo que a unifica pela comum essência.

Novo Centro geográfico evolutivo onde as novas consciências, possam ajudar a criar uma verdadeira nova humanidade de paz. Centro geográfico, que como já temos comentado, já não será mais o Ocidente, que deu grandes avanços à humanidade, mas já ficou exausto, do seu desempenho histórico.

Mas por enquanto, teremos, de conformar-nos com toda à humanidade tentar desenvolver uma nova consciência de paz – e, pelo de agora, pressionar nossos dirigentes a pactuar um novo acomodo global, fora da ameaça nuclear de guerra. E dessa pressão e recuperação dum global movimento pacifista universal, mais além de divisões esquerda – direita, mulher – homem, norte – sul… Dependerá, desta vez, sim, nossa sobrevivência.


"Em cada coração há uma
janela para outros corações.
Eles não estão separados,
como dois corpos.
Mas, assim como duas lâmpadas
que não estando juntas,
sua luz se une num só feixe.”

RUMI

APONTAMENTO POSITIVO 


Nikola Tesla, descortinou as infinitas possibilidades que o Poder Criativo Humano tem e, a ele devemos o conhecer que existe uma energia universal que de ser bem estuda, compreendida e aproveitada pelos seres humanos, todo tipo escassa ilusão será definitivamente borrado do imaginário coletivo humano: abrindo a Era da Exuberância contínua, que deverá respeitar os ciclos necessários para regeneração da vida. O Poder Comercial Bancário foi capaz de silenciar Tesla, mas não de banir o seu legado…

O Círculo Eranos seguiu sua estela, reunindo-se durante 55 anos, a iniciativa de Olga Fröbe-Kapteyn, para afirmar as bases dum novo Paradigma “Cientifico – Espiritual” que está a mudar a humanidade, ao explorar abertamente os vínculos entre o Oriente e o Ocidente; dando maior sentido a esta transação em face dum despertar global para humanidade, que agora está devagar acontecendo.


As achegas da Física Quântica, e a afirmação de Niels Bohr, conforme: “uma verdade irrefutável, pode ter como contraposição outra verdade irrefutável”, junto a visão profunda de episódios quânticos como o da dualidade “onda – partícula”, onde o observador, não somente interfere, senão que pode mesmo mudar à realidade, tem aberto definitivamente a mão de ferro da imposição pela força. A velha cosmovisão amparada numa única compreensão da realidade: aquela do “direito natural” do mais forte a implementar a sua verdade - deve ser ultrapassada. 


Permitindo está complementaridade das perspetivas diferentes, devagarinho, fazer compreender aos seres humanos, que podemos ir rumando ate chegar ao total respeito pelas posições diferentes (pois estas no novo paradigma deixaram de ser divergentes, ameaçantes para nós e passaram a ser complementares e, por tanto, enriquecedoras da nossa própria realidade e experiencia vital única).


Esta marcha em face da sociedade dos Cidadãos é inevitável, o máximo que podem fazer os poderes mercantis financeiros atuais é atrassar seu progresso. Para isso precisam de nossa colaboração. Por isso trabalham a colaboração ativa e pasiva: Entorpecendo nossas mentes através do falso entretimento global, através do controle da Mídia Áudio visual, do fomento da negatividade, do aprofundamento do mercado das drogas (legais e ilegais) como lubrificantes dum sistema económico já quebrado (mesmo quantificando esse comércio da morte dentro PIB, em alguns Estados).


Mas não podem impedir algo que é superior a seus domínios: a marcha cíclica da lei natural universal, com seus ritmos adequados que eles tentam modular em seu beneficio.


Assim que agora sabemos, mesmo que fiquem provas que serão de certo muito duras, para nós, já não podem dobregar-nos. Difícil no tempo submeter aos conscientes - mesmo sendo minoria criam as memórias do futuro. 


Sabemos, pois que de nossa fortaleza ética, nossa raiz cultural bem afiançada e nossa positiva vontade de contagiar aos outros, vai depender esta chegada inevitável de próspera mudança. Lembremos que sempre que a noite aparenta mais escura é porque já está iniciando-se a alvorada…




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