DESPERTANDO A CONSCIÊNCIA CÓSMICA por Artur Alonso
Texto realizado em atenção as nossas amigas e amigos que não puderam participar de nossa conversa on-line sobre o mesmo tema
“A mentira é a religião dos escravos e dos senhores; a verdade, a divindade do homem” (Máximo Gorki)
O neuro-cientista mexicano Jacobo Grinberg (desaparecido a 8 de decembro de 1994, com apenas 48 anos de idade) propus que aquela realidade que percebemos, com nossos sentidos, não é mais que uma interpretação mental, realizada através da interação entre a nossa atividade neuronal e um campo energético universal – ao qual ele denominou de “Lattice” ou “Rede”
Grinberg nos monstra a realidade como um tecido vibrante de frequências e patrões energéticos, ao qual a mente humana está conectada por meio das suas estruturas neuro-biológicas.
Dentro da “Lattice” ou “Rede” – tudo se encontra entrelaçado na sua estrutura – e tudo objeto e matéria surge de modificações específicas da mesma “Lattice” – manifestando uma existência interdependente com o resto de objetos.
Sendo assim esta rede possui a capacidade potencial de manifestar-se em múltiplas condições e infinitas formas.
A pesar da continuidade desta rede existem certas distorções – formando “Bandas discretas de organização” que a física atual as conceitua de “forças” – Quatro delas foram descritas como:
- Força Gravitacional – Força de Interação fraca – Força de Interação Forte e – Força Eletromagnética.
Cada um destes campos de forças são como famílias particulares de distorções dentro da “Lattice” ou “Rede” – O autor denominou aos mesmos “Bandas Sintérgicas” – Cada nível de Consciência humana se associa com uma determinada “Banda Sintérgica”
Desta forma ainda sendo uma Unidade – Total a realidade – nossa mente a separa segundo o nível de Consciência no qual está funcionando.
A velha perceção cartesiana do “reino da mente” separado do “reino da matéria” – onde o sujeito que observa e o objeto observado constituem unidades independentes – perde aqui sua promordial força.
Esta nova visão de Grinberg conecta, no entanto, com a mitológica cosmovisão do Universo como um todo harmónico regido por uma ordem única – Sendo a lei divina a base reitora de todos os processos, somente em aparência separados – Segundo nossa consciência transcender – elevar-se – o conhecimento dessa lei vai-se revelando… Daí os estágios da ciência também depender da tónica geral da evolução humana…
Achegas das física quântica
Por sua vez a física quântica – introduz também o “efeito de observar” da nossa mente como possível forma de modificar a realidade mesma – Tornando, no nível quântico, essa realidade como mais probabilística – pois a observação mental dum sistema força (com múltiplas possibilidades) força o mesmo a “colapsar” para um estado único. Abrindo o caminho para uma relação mais estreita entre Consciência e matéria. Permitindo intuir que a nossa consciência pode ser um elemento fundamental na manifestação da nossa realidade.
Vemos que desde a perceção do mundo do átomo – a partir dos estudos quânticos – uma partícula sub-atómica como “elétron” não tem verdadeira existência física – sendo capaz de estar em vários lugares ao mesmo tempo. Quando observamos este “elétron” desde um instrumento interferimos em seu rumo.
Susane Anne Taylor chegou a afirmar: “A física quântica dá a você o controle sobre o seu futuro, permitindo que você altere a direção do seu destino”
O Dr. Amit Goswani da Universidade de Calcutá, afirma em seu livro “The Self-Aware Universe” que a manifestação dum objeto quântico, causada por nossas observações, influencia simultaneamente seu objeto gémeo correlacionado não importando quanto distantes, ambos, se encontrem.
Para Goswani existe uma conexão entre o mundo “psicológico” subjetivo das pessoas e a realidade objetiva – abrindo o caminho para o abandono da visão materialista exterior como centro da realidade, e iniciar um novo caminho – nova focagem – onde a Consciência esteja no centro.
Aqui o a noção de Newton dum universo material constituído como uma grande máquina de peças justapostas, tem de ser revisada. Aquele espaço absoluto constante, igual sem relação com nenhum objeto exterior, começa a ser debatido.
Entendemos, pois, assim que conceitos importantes para evolução humana numa determinada altura histórica, tem de ser removidos, precisamente, para essa evolução seguir seu caminho.
Observamos, hoje, deste modo que estas e outras achegas da física quântica como o conceito da dualidade onda – partícula, conceito que nos permite observar o duplo comportamento da matéria e a energia como onda ou partícula, abre a porta a esta nova visão do espiritual poder formar parte da nossa realidade material aparente.
Sendo que a própria luz possui uma natureza dual: ondulatória (com interferência e difração) e corpuscular (como partícula ou fóton com seu efeito fotoelétrico). Aqui de novo observamos uma ponte entre o significado espiritual e mitológico da luz e as mesmas propriedades físicas visíveis como radiação eletromagnética
Antonio Fajardi escreve na sua “Linguagem dos Deuses”:“A unidade básica do Universo não mais se constitui em prerrogativa da experiência mística; ela é, igualmente, uma das mais importantes constatações da Física moderna, com a devida sustentação matemática”
Procura - Evolução -
Por sua parte o psiquiatra canadiano Richar Maurice Bucke publicou em 1901 seu livro Consciência Cósmica, com o objetivo de penetrar naquela consciência mais elevada, a que segundo ele, podia aspirar o ser humano.
Bucke, dividiu os estágios evolutivos, dos seres sencientes, em três graus, segundo o desenvolvimento da sua consciência:
Consciência simples – comum aos animais e seres humanos – (correspondente guna indiana de Tamas, a alma cabalística de Nefash ou o caldeirão celta da poesia de “Coire Sois”)
Auto-Consciência – somente possuída pela humanidade – Abrange pensamento, ração, imaginação… Campo Racional – Ativo - Mental Concreto – (correspondente a guna Rajas, a alma cabalística de Ruach ou ao “Coire Érmae” celta)
Consciência Cósmica – forma mais elevada de consciência – mais intuitiva – Ativação Mental Abstrato. - (correspondente a guna mais elevada Sattva, à alma cabalística de Neshamad ou ao “Coire Goriath” celta)
Esta visão tripla de Bucke nos conecta também com a sabedoria mitológico-astrológica que nos monstra também esta tripla evolução da consciência humana. Sagitário contem dentro de si esta tríade evolutiva:
a) O Centauro – meio humano, meio cavalo – é o representante dos instintos animalescos contidos em nosso ser – com seu arco apontando aos desejos que nosso centro egoísta quer satisfazer
b) O Cavaleiro montando acima do cavalo branco – simboliza o domínio do humano ser sobre suas paixões animais da primeira etapa – por meio da compreensão da experiência instintiva – e suas consequências – acessando em esta caminhada aquela síntese do conhecimento, após viver sua dor – Ultrapassada a mesma o nosso arco aponta agora para o caminho mais racional e mais espiritual, ao mesmo tempo.
c) Nesta terça etapa nosso arco e sua flecha – é visionado já como aspiração a ser obtido o “nobre conhecimento” - o ideal do nosso Eu Superior que contem em si a verdade da Unidade.
O arco da vontade que impulsa se junta aqui com a mente afinada da sabedoria (a corda do mesmo arco) e com a flecha espiritualizada que sabe como dar no alvo (abrir a porta do verdadeiro conhecimento)
Em 1872 Bucke, após estar de convívio fraterno com seu amigo o grande poeta norte-americano Walt Whitman, teve uma experiência espiritual profunda, que ele descreveu como uma elevação moral, uma iluminação intelectual, junto uma perda do medo a morte, assim como uma dissolução do sentimento de pecado que o levou a experimentar um “Senso de Imortalidade” – Aquela sensação de eternidade foi percebida dentro dum Universo visionado como não material e sim como uma “Presença Viva” – vibrante - transcendente
Dessas experiência e suas pesquisas posteriores, anos depois de árduos trabalhos nasceria aquele livro mencionado de 1901 intitulado: “A Consciência Cósmica: um estudo sobre a evolução da mente humana”
Na primeira parte da sua "Consciência Cósmica", Bucke escreveu: “que o universo é construído e ordenado de tal forma que, sem qualquer possibilidade, todas as coisas funcionam juntas para o bem de cada um e de todos, que o princípio fundamental do mundo é o que chamamos de amor e que a felicidade de cada um é, a longo prazo, absolutamente certa.”
Em estas palavras está contido o ideal elevado do “Amor Incondicional” ser a Eterna Consciência que permeia, e de certo modo, controla todo o Universo – E que no final do grande ciclo de reintegração – a Felicidade da Gloria é atingida
Os 5 (7) Planos de Interação
¨É necessário expressar a Verdade” (Demócrito)
Os Seres Humanos nos inter-relacionamos em 5 planos existenciais – com seus dous sub-planos –
4 reconhecidos – 1 pouco entendido – 2 que nos condicionam, dos que poucos são conscientes -
e um plano superior ou 1 oitava acima da qual todo Promana – Em contanto com aquela Rede da Unicidade total da rede ou “Lattice” do mexicano Jacobo Grinberg
De Baixo para Cima temos o:
Círculo Social
Círculo Económico
Geopolítico (que contem dentro si o Político)
Civilizacional (que contem o Cultural)
Noosfera (Esfera do conhecimento)
Oitava Acima – Egregóra Espiritual – mais elevada da que depende diretamente a Noosfera –sendo que, a sua vez (a Noosfera) condiciona todo o sistema -
Em este conceito de Egregóra – Duas grandes tem sido referenciadas no desenvolvimento da humanidade: A Egregóra Matriarcal – da qual o noroeste da Península Celtibérica foi dos últimos a abandonar e a Egregóra Patriarcal – que segundo Édouard Schure, no seu trabalho “Os Grandes Iniciados” – começaria a tomar forma no Oriente – caminhando devagar para o Ocidente
Dentro dessa grande Egregóra Patriarcal – se foram desenvolvendo diversas Egregóras civilizacionais: O Politeísmo (que abarcaria desde a Suméria, Mesopotâmia, Egito, Grécia, Roma, mundo celta e germânico) o Hinduísmo que poderia mesmo entrar dentro do politeísmo, mas com aspetos muito peculiares, o Zoroastrismo, o judaísmo, o Budismo, o Islão…
Nas civilizações da América e do extremo Oriente – teríamos desde algumas similitudes com o Panteísmo, Animismo, Xamanismo – mesmo certo politeísmo em Mesoamérica – o Taoísmo chinês…
Em África temos desde os cultos ancestrais animistas até o culto a um Ser Supremo único e criador…
Esta ideia do Ser Supremo ou unicidade divina – está presente em muitas das cosmogonias que temos consideradas Politeístas ou Panteístas como o mundo Egípcio, onde a pesar da diversidade de seu Panteão, com divindades representantes de forças naturais, e forças cósmicas… Os egípcios acreditavam na Unicidade Divina – da qual as outras divindades eram emanações ou representações de certos aspetos do Divino Superior – O mesmo resulta dum estudo aprofundado de outras mitologias como no caso da figura Ometeotl, no Anahuac Mexicano – O Deus Uno Androgino – do qual promana a dualidade – que forma os diversos mundos (estudado pelo ilustre antropólogo Miguel León-Portilla)...
3 Planos da Geopolítica
MILITAR – relacionado com 3º Trono – Realizações – Conquista – TAMAS
- Domínio físico – predomínio ação – reação (cérebro reptilário)
ECONÓMICO – relacionado 2º Trono – Emocional – RAJAS
- Domínio psíquico – Controlo Subtil – Energia que movimenta um sistema (cérebro límbico)
CIENTÍFICO – ARTÍSTICO - CULTURAL – 1º Trono – SATTVA
- Domínio Diplomático- Diretamente relacionado com o – Controlo mais elevado da “Noosfera” – mais em contanto com a fonte espiritual da Egregóra
Em situação de confronto – Solução mais elevada: a via Diplomática (cérebro Neocortex)
A teoria Noosfera do russo Vernadsky – nos fala da 3º etapa do desenvolvimento terrestre – após a geosfera (1ª etapa material inanimada) e a biosfera (2ª etapa – da irrupção da vida biológica). Esta vida biológica se transformou com o surgimento do conhecimento – do saber pela experiência – que alterou, a sua vez, a biosfera – Surgindo a 3º etapa mais elevada da Noosfera – onde o ser humano tem especial incidência – através da observação, analise e vivencia.
Importantes também as achegas a teoria da Noosfera - do jesuíta francês Teilhard de Chardin – que eleva a Noosfera ao mundo das Ideias (lembrando Platão) – Comparando-a com a nossa atmosfera – em este caso a atmosfera cultural, artística, espiritual
NOOSFERA – como Esfera do conhecimento.
Em tempos de Kali Yuga (a Idade de Ferro da guerra, segundo a tradição indiana) Idade onde os humanos seres vivenciam sua aprendizagem dentro do mundo das batalhas – do confronto – o combate tem também três degraus:
1ª Guerra Cultural – Dentro da Noosfera (de não solucionar no plano Diplomático o confronto desce a)
2º Guerra Económica – Comercial – Plano económico (de não solucionar desce a)
3º Guerra Física – Opção Militar – atingindo diretamente o Plano Social
A sua vez a Evolução também tem sue trino aspecto. Sendo que em tempos de atrito guerreiro normalmente esta evolução irrompe como – re-evoluçao: cientifico -tecnológica (mudança Consciência - no plano da noosfera) /que traz consigo a correspondente revolução económica / e a sua vez uma revolução nas relações de todo tipo no plano social
Os 7 princípios Herméticos – influenciam a Noosfera
Lei do Mentalismo: "O Todo é Mente; o Universo é mental" – Noosfera – Egregóra – como Entes Mentais - Metafísicos
Escreve Adelmar Marques Marinho: “A transformação do mundo está na força do pensamento humano” - precisamente indicando-nos como a mente humana, está em conexão com a transformadora mente universal, que controla os ciclos circadianos, maiores infradianos e menores ultradianos, da natureza (estudados pela Cronobiologia). Dai nós serem, uma espécie de co-criadores, dentro da criação natural maior (cujo início é a semente – nucleo do DNA informador). Natureza criadora a qual se insere na criação cósmica e no caminho do progredir evolutivo global, interligado holísticamente no Todo (tal como se apresenta na Parábola do Colar de Pérolas do Deus Indra).
Lei da Correspondência: "O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima" – Movimento harmónico ou as alterações nos planos superiores ou inferiores – se influenciam mutuamente.
Lei da Vibração: "Nada está parado, tudo se move, tudo vibra" – os turbilhões energéticos movimentam os planos
Lei da Polaridade: "Tudo é duplo, tudo tem dois polos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliáveis" – Tese e anti-tese se reconciliam na Síntese
Lei do Ritmo: "Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação" Tempos de Kali – Yuga, quem controlo os ritmos obtém maior sucesso… Em tempos de harmonia os ritmos são acompassados…
Lei do Género: "O Género está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino, o género manifesta-se em todos os planos da criação" – a expansão masculina precisa da receção feminina
Lei de Causa e Efeito: "Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos de causalidade mas nada escapa à Lei" – O presente carrega o passado – e lança sua inercia sobre o futuro
Segundo nossa mente se encaminhe para o bem ou para o mal (ou fique neutral), assim os tempos de amor – sabedoria – luz ou de ódio – guerra – obscuridade. Lembrando aquele ritual de coroação ou entronização dos reis celto-galaicos, onde a Sagrada Deusa Feminina, Soberana do Território, legava ao monarca a autoridade da governação, em seu nome. Sendo o Corono, Senhor da Treva, bom gestor e bom governante, a terra devolvia o favor com a sua exuberância; pela contra um mau governo, trazia como consequência, o desfavor da Mãe – com tempos de escassez e forte luta pela sobrevivência… A justiça e injustiça, também, associada a estes períodos.
“Os lábios da sabedoria estão fechados, exceto aos ouvidos do entendimento.” – O Caibalion
Os 4 ciclos menores da história
Ciclo Sacerdotal Europa – Mundo Celta – Organização Druídica – Foco social – cultural – civilizacional – no sagrado – relevância da revelação Divina – Sociedade trabalhando arredor do ciclo das estações – Importância do cerimonial Mundo Hebraico – era dos Patriarcas
Ciclo Senhorial Europa - Império Romano – ponte entre o ciclo sacerdotal e senhorial América – Civilizações Reis-Sacerdotes – Ponte ciclo sacerdotal – senhorial Idade Média – Ciclo Senhorial – Centro Geográfico Civilizacional Islâmico
Ciclo Comercial - Idade Moderna – Abertura do ciclo (de do poder europeu) a todo o mundo a partir das navegações portuguesas e a circum-navegação espanhola. 2007-2008 Implosão da bolha especulativa no pulmão mundial (Wall-Street, Londres, Tóquio) marca limite biológico.
Ciclo dos Cidadãos - Em andamento: Desloque do centro geográfico material – ate a China mercantil – de poder estatal – marca a ponte entre o ciclo comercial e dos cidadãos (?) A Rússia pós-soviética trabalha o início dum novo centro geográfico material – espiritual (?) Enquanto não se ergue o centro espiritual-material da América do Sul – foco Brasil (?) - Centro Russo – Euro-Asiático ( Ilha Mundo de Mackinder – Heartland controlando Rimland de Spykman) a fazer de ponte civilizacional – ate o desloque final do Hemisfério Norte ao – Hemisfério Sul (?) Pendentes estamos destas evolução – desloque sistémico
O Deus Criador, dentro da Egrégora Patriarcal, - representa o modelo arquetipal de todo Bom Soberano sobre a Terra – com seus dois aspetos fundamentais:
* O Pai guerreiro vencedor do Dragão destrutor (que para muitos autores representa a Serpente Entrópica do final – declínio – do ciclo Matriarcal - Ou Dragão também visionado como representante das forças obscuras – entrópicas – instintivas e auto destrutivas.) – e
* O Pai protetor e justo – O Senhor da Justiça
Sentado o bom governante no centro – tendo como colunas – o Poder Sacerdotal transcendental e o Poder cientifico – material que permite realizar as boas transformações – O poder militar o encarna o mesmo governante – como máxima autoridade castrense
Personificando a Ordem o governante sábio e poderoso – Personificando a Desordem o governante fraco, impotente; que em seu aspeto mais decadente chega a manifestar em seus atos verdadeira insanidade.
O bom governante como o bom pai – deverá aprimorar o aspeto positivo do Arcano IV: autoridade, realização, poder protetor, autossuficiência e eficiência. A sua vez terá de minorar ou melhor transformar os lados sombrios do mesmo arcano: prepotência, arrogância, autoritarismo, abuso e imposição de força desmedida
Por sua vez a mudança de ciclo civilizacional também bem anunciada – pela governança equilibrada no novo centro civilizacional – e a governança caótica (problemáticas em ascenso acumuladas sem solução) que anunciam o desloque da chama do conhecimento – na procura dum novo local onde possa manter-se sempre acessa.
A mudança atual tem também a ver com marcha em face da sociedade dos Cidadãos. Esta mudança é inevitável: o máximo que podem fazer os poderes mercantis financeiros atuais é atrasar seu progresso. Para isso precisam de nossa colaboração. Por isso trabalham a colaboração ativa e passiva: Entorpecendo nossas mentes através do falso entretimento global, através do controle da Mídia Áudio visual, do fomento da negatividade, do aprofundamento de todo tipo de entorpecimentos (legais e ilegais) como lubrificantes dum sistema económico já quebrado. Agora “idiotizando” as populações com distrações ativadas através das novas tecnologias...
Mas não podem impedir algo que é superior a seus domínios: a marcha cíclica da lei natural universal, com seus ritmos adequados que eles tentam modular em seu beneficio.
Assim, que agora sabemos, mesmo que fiquem provas que serão de certo muito duras, para nós, já não podem dobregar-nos. Sabemos, pois que de nossa fortaleza ética, nossa raiz cultural bem afiançada e da nossa positiva vontade de contagiar aos outros, vai depender esta chegada inevitável da próspera e já próxima mudança. Lembremos que sempre que a noite aparenta mais escura é porque já está iniciando-se a alvorada…
São João 14,6: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida...”
EMET (A Verdade) – Composta pelas letras hebraicas Aleph – Men – Tav
Alpeh – Causa inicial – 1º Trono
Men – Símbolo da Maternidade – da fecundidade e receptividade – 2º Trono – Lei
Tav – Efeito após a realização – 3º Trono – procura do caminho de Volta à origem
EMET – significando “Verdade” – “Fidelidade” – encerra a verdade da Unidade – O Todo Uno – como princípio reitor – e impulsor – (Aleph) o ár que transporta a vontade do fogo Shim – A sua vez, a conexão desse princípio com o fim – pela fluência do Amor-Sabedoria – do elemento feminino água (Men) - E, a consumação – realização na Terra – através da Inteligência – do Mercurial do humano (que liga fogo e água) – para no final (Tav) atingir o propósito sagrado – da Espiritualização – que permita o Glorificar da “matéria”
O inicio – meio – e fim – nos ciclos menores – continua permitindo o – Recomeço – RODA DO SAMSARA – Pelo caminho Aleph- Mem-Shin – Ar-Agua-e Fogo – na terra se combinam na
Volta cármica ate esgotar o ciclo – ate a humanidade Tornar-se Vencedora de Ciclo
A ÁRVORE DA VIDA
No início, tudo isto, na verdade, era só Atman, único e sem um segundo. Não havia mais nada que piscasse. Ele pensou consigo: "Deixe-me agora criar os mundos" (Rig Veda – Cap. 1)
Segundo referem estudiosos cabalistas, a Inteligência Universal – Omnipresente, Omnisciente, Omnipotente – contraiu-se, gerando um espaço para criar o mundo. E em isso são condizentes com o pensamento que grandes teósofos de todo o mundo, como Dion Fortune, especifica, na sua “Doutrina Cósmica”. Imaginamos também assim a conceção druidíca, e doutras cosmogonias do mundo, como a indiana, dos vedas – devido as suas semelhanças explícitas. Foi, pois, que dessa contração inicial de Atman – O Todo-Uno, gerou-se a primeira dualidade cósmica. Dado o espaço anexo circular, construido na contração, corresponder já a um princípio feminino – útero, taça, onde conter a semente masculina – injeção divina, energia, em expansão para criar os mundos. Sabiamente falam os Uspanishad: “O Senhor dos seres meditou e produziu Prana, a energia primordial, e Rayi, a doadora da forma, desejando que eles, macho e fêmea, produzissem de inúmeras maneiras criaturas para Ele. Prana, a energia primordial, é o Sol; e Rayi, a substância que dá a forma, é a Lua”
Na simbólica "Árvore da Vida" o contrate da dualidade inicial dá forma aos mundos - O poder espiritual por esta árvore desce à materia, o humano ser por ela ascende...
O percurso humano se realizar pelos - 32 caminhos da sabedoria – formados por 10 Sephiroth (Esferas) e 22 letras (Correspondentes 22 arcanos maiores) –
Desta simbologia nos fala o “Sepher Yeztirah” – ou “Livro da Formação”
Trabalhamos dentro da essência de 10 Esferas – Sephiroth – contendo 10 Infinitos
* A profundidade do Principio – e A profundidade do fim
* A profundidade do Bem – e A profundidade do mal
* A profundidade acima –e A profundidade abaixo
* A profundidade do leste – e A profundidade do oeste
* A profundidade do norte – e A profundidade do sul
O Mestre Único – Deus fiel – domina sobre todas elas -
Desde sua Santa Morada – ate a Eternidade das Eternidades
Em nosso transitar evolutivo pelos caminhos e as esferas sempre, sem saber, estamos em contanto com a Fonte – através da Substância – que contem a Essência
“Estas são as 10 Sephirah do nada: O Fôlego do Deus Vivo, o Fôlego do Fôlego, Água do Fôlego, Fogo da Água, acima, abaixo, leste, oeste, norte, sul”
Com o Fôlego (Ar-Inteligência da Mente Una) – em seu aspirar e expandir o Amor (sístole – diástole) o universo foi criado – emanação a emanação (pressão – fluência) – Com as letras – nos cantos do círculo fechado: Com Aleph-Mem-Shim- selou 6 extremidades, Yod-Hê-Vau selou o alto, Hê-Yod-Vau selou o baixo, Vau-Yod-Hê selou ao leste, Vau-Hê-Yod selou ao oeste…
“Crann Bethadh”, árvore celta da vida - representa o equilíbrio, harmonia e interconexão de todo no mundo natural – com seus ciclos – de tornar e retornar – Sistemas – Cadeias – Rondas – Globos – Raças – Sub-raças – ramos-raciais… Perfazendo na via do 10 da unidade (1+0:1) O transitar do 1-3-7 DA LEI.
Os 4 Mundos Cabalísticos
Os mundos cabalísticos – recebem a emanação da força vital criativa do Ain Soph ou Infinito Divino – através de progressivos “Tzim-Tzum” – ocultações, véus, condensações…
Nos mundos mais elevados maior revelação da Luz Divina – (Ohr) -
Expansão da Consciência Humana – em Consciência Cósmica - se dá ao ir, nossa mente, revelando o que estava velado – Dentro destes mundos – das suas respetivas árvores e das suas esferas e caminhos (letras, números, signos, símbolos e geometrias)
Atziluth – Mundo da Emanação – A luz divina irradia ainda unida à Original Fonte
Esfera do Pai – Chokmah – Plano Mental da Inteligência Superior – 1º TRONO - CAUSA
Briah ou Beriah – Mundo da Criação – “Jardim Superior do Édem” - Mundo das Ideias de Platão
Esfera da Mãe – Binah – dentro 2º Trono das Hierarquias criadoras – Anjos da posição mais elevada – Plano do Amor – Intuitivo – Barriga Alta da Mãe
Yetzirah – Mundo da Formação – Mundo Mental – Psico-Emocional – “Jardim Inferior do Édem”-
Esferas de Chesed a Yesod – o Zeir Anpin – Segundo o Rabinho Michael Layman – é a parte central do sistema que recebe (a luz – Ohr – emanação divina) desde arriba e a transmite ate todos seus componentes : natureza inanimada, vegetativa, animal e humana – Plano Astral – eletromagnético – da substância plástica refinada da que falava Eliphas Levi. - Barriga Baixa da Mãe no 2º Trono – Hexágono místico – das 6 esferas centrais da árvore da vida
Briah + Yetzirah (Barriga Alta e Baixa) Formam o 2º TRONO - LEI
Composto por 2 Triângulos de energias – Que preparam a manifestação visível – Contendo ambos o modelo arquétipo – Mundo da transformação de Israel Regardie - O Logos da Cósmica Mãe
Essa mãe, como deusa fértil – na esfera sefirótica de Netzach, lembra a Deusa Jovem. Como Deusa gestante – em conexão com a esfera Binah, dentro do Triplo Logos lembra a mulher gravida. Essa mãe nos fala do poder gerando a vida. Como Deusa – velha, no aspeto da Sabedoria de Binah, fala do inverno espiritual. Eis aqui a Deusa Tripla celta (a Tonantzin nahualt, sincretizada com a Virgem de Guadalupe). Em estas Deusas também converge a triplicidade do Logos, agora no aspeto evolutivo e cíclico.
A Deusa Soberana monstra também seu aspeto como Justa / Julgadora. Sendo que no mau governo, surge aspeto triste do desamor – escassez, luta, zona obscura da barriga baixa, da Mãe Cósmica, do plano da criação, mais vinculado com o plano físico em desharmonia, onde a velha deusa invernal (domínio da noite) novamente se nos apresenta.
No bom governo a Deusa Fertil, prepara o ventre da Deusa em Gestação, para que a semente solar, frutifique. O Lugnassad, as bodas de Lugh com a Terra – Colheita e abundância. O bom governante, favoreceu, a chegada do bom ciclo de paz, justiça, abundância. Trabalhando, dentro do bom planificar do segundo Trono, ou segundo Logos, do Trisquel Universal – a Mae Cósmica.
O inverno também é o descanso dos campos - a primavera o florescer - a Deusa Cósmica na Deusa Natureza projetada - cuida da Terra e do Céu - e das suas criaturas vivendo nos diversos mundos
Assiah – Mundo Físico – Esfera de Malkuth – reino finito – incluído o universo cosmológico – mundo da manifestação visível. - 3º TRONO - EFEITO
E a quinta-essência – acima – dentro do Homem Cósmico – Arquétipo Primordial do Macroposopos – ADAN KADMON – esfera de Kether – Coroa Suprema – Ponte entre o imanifesto e o mundo a ser manifestado no Microposopos (Ideal do macro contido no micro – do micro dentro do macro)
Conexão do Infinito no finito – com o finito contendo a essência do Infinito
Os ciclos Astrológicos
Ano Cósmico – Sistema solar dando volta ao redor da galáxia – sob a eclíptica – Cada volta dura cerca de 25,920 anos
Volta – 360º – Dividida em 12 sectores de 30º – Casas Zodiacais – Ao longo deste ciclo – o pólo magnético volta para diferentes regiões do céu.
A Estrela Polar – sinalizando polo norte – vária
3.000 a.C – Alpha Draconis – hoje Polaris (Alfa da Ursa Menor)
A mudança destas Polaridades – traz movimentos de desloque hegemónico – Em seu momento oportuno o poder do Cruzeiro do Sul marcará o – desloque hegemónico para o Hemisfério Sul
Durante essa volta do ano cósmico – o planeta recebe diferentes energias dos 12 signos zodiacais
Marcando Eras de 2.160 anos de duração – com suas influencias
Mudança, agora, da Era de Peixes – a Era de Aquário – governada por Úrano – com oposição de Leão
Mudança de Era – mudança da Noosfera – mudança dos conceitos – Novas Ideias – Transformação dentro da Egrégora – NOVA EGRÉGORA
Novo Guia da Humanidade – aquele que os budistas chamam de Avatara Maitreya – Arquétipo da nova Consciência Evolutiva
Era de Touro – Krisnha – Baal o filho divino – simbolizado como o Touro – na cultura de Canaã – e nos descobrimentos de Ugarith (cultura ugarítica)
Era do Carneiro – Moisés (que mandou destruir o bezerro – da era de Touro – para abrir a mudança para a Era do Carneiro – Pascoa hebraica)
Era de Peixes – Yeshua – o Cristo (O Evangelho dos Pescadores – transformados nos 12 Apóstolos)
Avataras ou Filhos Divinos (dentro da Egregóra do Patriarcado) ligados a Estrela do renascimento – Marcando o caminho do herói da transformação
Guia- como Quetzalcoalth – ligado como Lugh, Yeshua – a estrela da manha – Todos lutam contra as forças da obscuridade – vencendo e obtendo a vitoria sobre a Morte
A estrela da manha também ligada ao Quinto Senhor – e sua hierarquia caída que deve reintegrar-se
Na Babilónia, na celebração do ano novo o filho Nebu – era sacado do seu altar e do seu Templo – e conduzido ate o Templo do Pai Marduk – Situando-o debaixo deste- Simbolizando precisamente aquele ditado evangélico que diz que somente pelo filho se chega ao pai – Representado a processão a alegoria do filho como o caminho, a verdade e vida … o inicio, meio e fim…
No mundo celta – galaíco – ainda se matem a ideia matricial – do Arquétipo da filha – junto ao filho – formam a parelha da transformação interna – externa (Brigantia – Lugh) – Ideia primordial dos Gémeos Espirituais
Os Trabalhos das Hierarquias dentro dos planos e ciclos
OS SETE HOMENS CELESTIAIS – Segundo a Doutrina Secreta – o Sol Único ou o Oitavo Logos é a síntese dos Sete Logos Planetários, que são como Centros de Forças dentro do próprio Sol Central ou Logos Solar.
No 2.º Plano Cósmico, ou seja, no Anupadaka, estão presentes diante do Trono os Sete Seres Celestiais, cada um deles formado por uma aglomeração de estrelas ou Mónadas
Estes 7 Entes Celestiais (LUZEIROS OU ISWARAS) têm a fonte da sua origem e a causa da sua vida no Plano mais elevado, mais espiritual da Manifestação do nosso Sistema Solar – Chamado ADI
Mónadas - Todas as Unidades de Consciência têm a sua origem num desses Luzeiros - Durante todo o período da sua evolução conservarão para sempre esta Tónica ou Raio
Esses Luzeiros quando entram em atividade nos Mundos materiais passam a ter a designação de Planetários
Segundo o professor brasileiro Henrique José de Souza, os Planetários apresentam-se com duas faces: uma Divina e outra Terrena. O aspeto terreno está sujeito a evolução, portanto, a cair e levantar no processo evolutivo.
Planetário, por sua vez, reparte-se, projeta-se “tulkuisticamente” em 7 Kumaras Trabalhando em conjunto, com suas cortes – a favor da evolução humana nos 7 planos (do micro e macro) – Simbolizados pelos 7 andares dos Ziggourat ou Torres dos Templos na Suméria
Dai o Logos Triplo, ser o centro, do qual emanam, progridem também os 7 planos energéticos, em tudo presente: nas 7 cores do arco da velha, nas 7 notas musicais (com sua oitava acima, que não deixa de ser uma referência ao Logos – Uno – Trino); nos 7 dias da semana, nos 7 selos e 7 igrejas do do livro do Apocalipse de São João, e nas 7 cabeças da besta; os 7 chakras, os 7 raios primordiais, as 7 fases – anos do desenvolvimento humano…
O sete e seus ciclos naturais em nós, assim mesmo fazem presencia: na fecundação do ciclo feminino da fertilidade, cada 14 dias (7x2). Ate 7 horas após nascido não sabemos se o novo ser é ou não apto para a vida; aos 7 meses nascem os primeiros dentes do bebe; aos 14 dias (7x2) os olhos da criança podem seguir a luz; aos 14 meses começamos a expressar pensamentos, por meio da voz e dos gestos; aos 21 meses (7x3) começamos a ter maior precisão no pensamento; aos sete anos começam a nascer os segundos dentes; 14 anos despertar da energia sexual; 21 anos (7x3) estamos fisicamente formados (dai antigamente muitos países fixar a maioria de idade nesta franja)…
E assim pela frente, cada 7 anos uma restruturação do nosso corpo… Completando aquele 1-3-7 individual e universal - LEI. Logos Uno Triplo e seus 7 planos energéticos.
A partir de este Logos Triplo e seus 7 planos cósmicos e seus 7 Arcanjos em presença do Trono, holisticamente, a emanação energética é produzida. Dessa emanação fluindo pelas 10 sefiras da árvore sagrada – cria-se nossa realidade física. Realidade material a todo este simbolismo bem interligada.
Esse número 7 sinalizando as 7 divindades simbólicas – ligadas aos trabalhos terrestres civilizacionais – está presente em muitas mitologias – No Anahuac temos a divindade una polarizada em 2 e a sua vez – multiplicada em 4 (1+2+4: 7)
O número 7 representava para os mexicas a ponte entre o céu e a terra...
Segundo o Antropólogo mexicano Miguel León-Portilla – os mexicas acreditavam também na Unicidade dum Ente Eterno
Ometeotl – representa a manifestação do Deus Uno- Andrógino.
Também chamado de "in Tonan, in Tota, Huehueteotl" e dizer "Mãe a nossa, Pai o nosso, Velho Deus" - Contendo dentro de si dualidade em lactância. Representando unidade masculino-feminina primordial – antes da polarização.
Ometeotl, reside em Omeyocann, aquele sagrado local " Sítio da Dualidade", ocupando o mais alto lugar no céu.
Ao polarizar-se para criar os mundos Ometeotl – se divide em: Omecihatl e Ometecuhtli
Omecihuatl – Representante da Deusa Cósmica do 2º Trono da Mãe- aquela essência receptiva da criação ou útero sagrado – Conhecida popularmente como Tonacacihuatl ou “Senhora da nossa carne”
Ometecuhtli – Representante do Deus Cósmico do 1º Trono do Pai – aquela semente expansiva da vontade de criar -
A partir deste dualidade nascem as 4 Divindades que dão origem a todo processo civilizador – correspondentes também com os 4 elementos primordiais: fogo, ar, água e terra.
Tezcatlipoca vermelho ou Xipe Tótec: divindade da morte e renascimento, ligada ao elemento Terra – Tezcatlipoca preto ou Tezcatlilpoca ligado a -Água – Tezcatlipoca branco ou Quetzalcoatl o mercurial deus do Ar, e – Tezcatlipoca azul ou Huitzilopochtli: o senhor da guerra externa e também da guerra interna ou transformação - Huitzilopochtli ligado ao elemento Fogo.
As divindades mitológicas – a sua vez representam arquétipos que também têm a ver com determinados estados de Consciência.
O caminho Druídico da Iniciação
Na tradição suméria Enki – o Criador - Fez o ritual e cerimonial final – dividindo a “argila” em 14 partes (lembra o homem nascido do barro – da tradição judeu cristã) - 7 homens e 7 mulheres (Os andróginos primordiais – Luzeiros – Sendo que essa “argila” – simbolizaria a Substância Primordial
Substância nascida da Fonte Original – que contem a Divina Essência
Enki se torna o guardião dos “Me” – decretos pré-ordenados e imutáveis da Lei Divina
Os “Me” constituem a força impessoal que fundamenta toda civilização – e todas as Instituições humanas -práticas religiosas, socais, cientifico-tecnológicas – assim como todos os princípios individuas e coletivos
Os ME- são a essência da qual se forma toda Noosfera – esfera do conhecimento humano – De acordo aos ME se criam as Egregóras Principais dos Ciclos
Segundo a evolução humana - Dado os ME- surgirem da FONTE PRIMORDIAL – IMUTÁVEL -Esses Princípios – adaptados as fases evolutivas humanas – movimentam todos os processos dos cíclicos civilizacionais -
O caminho druídico consiste pois – na procura deste conhecimento – através do qual – se desperta a luz no nosso interior – centelha divina em nós
Os ME formam a base do conhecimento da “Sabedoria Iniciática das Idades” – da Religião Primordial – da que falava René Guenón – Conhecimento que faz a Reconexão dos seres humanos e a coletividade com a Lei Universal – Divina – permitindo evoluir ate a fase final da Reintegração das mónadas na Unidade.
Seu conhecimento Permite obter o despertar da Iluminação – e aos Bodhisattvas manter seu juramento de ajudar ao despertar coletivo – para no fim todo ser Glorificado.
Sabendo das luzes e sombras – no espelho das dualidades – e que o mal não pode ser destruído senão transformado – Os seres em trabalho na materialidade podem desviar-se e corromper-se, desviando e corrompendo o legado. Pelas eleitas do livre arbítrio -
Daí surge a diferença entre o Druída Ascensionado e o Nirmankaya Obscuro – pois o primeiro está em sintonia com o sagrado conhecimento e, utiliza o mesmo para o serviço da humanidade – Enquanto o segundo cegado na sua tónica egoísta – utiliza o conhecimento para servir-se da humanidade… Trazendo dor, miséria e corrupção a Terra.
Daí a importância do trabalho da transformação interna – dentro da Escola – Teatro - Templo.
A escola simboliza a entrada na “Sala do conhecimento” – O Teatro nos fala da inter-relação humana, cada ser como espelho e reflexo dos outros seres – em este espelhos vamos observando a vida e obtendo informações precisas para ampliar o conhecimento com a prática. Cada conversa com os outros abre nossa consciência a novas forma de entendimento da vida. Quanto mais variado o convívio com o entorno e os diversos seres humanos, culturas, cosmo-visões – mais enriquecedora a experiência.
Finalmente o Templo – Dentro de nós – nos momentos íntimos de resguardo no silêncio – em meditação, oração, introspeção ou simples observação – nos permite a conexão com o mais prezado que existe dentro de nós: a nossa Consciência mais elevada – latente e aguardando sua expansão – conexão com o Todo e sua Unicidade.
O regresso a fonte sendo aqui o final do bom caminho – uma vez a verdade da União ter na experiência vital sido concretizada – e vida se tornar para nós Eterna – perdendo o sentido da morte como etapa final
De momento aquelas faiscas de luz, que somos nós, ainda não voltaram à casa da Unidade – a conexão permanente com a fonte, da que foram abruptamente afastadas. Por isso a humanidade vivemos num relativo exílio cósmico momentâneo. Num divorcio condicionado com a Divindade. E também numa permanente, pelo de agora, des-comunhão com o Divino em nós (com nossa própria e elevada essência). A espera de completar nossa fase evolutiva final, adequar-nos ao nosso poder real, e tornar a reconhecer a luz em nosso coração ser de amor sempre presente. Disso precisamente fala o mito do Filho Pródigo.
Procuremos o bem, para que o bem também procure encontrar a porta de volta a nossa poderosa essência. Pois, por cima de tudo, a LEI sempre prevalece: seus três alicerces: amor, a um lado; rigor ao outro; e poder equilibrante, acima no meio... Oscilam segundo nosso agir: mais ou menos ignorante. Sendo por desconhecimento, por insistência ou entendimento que nós criamos nossa própria realidade, junto com nossos caminhos de liberdade, escravatura ou relativa penitência.
Mesmo, se por ignorância, entrarmos no labirinto da noite, ali, por Lei, poderemos encontrar, também, o caminho de retorno, carregados dum maior conhecimento. Pois tal como afirma, o Conto egípcio do Naufrago (Papiro descoberto pelo egiptólogo russo Vladimir Goleinischeff, no Museu Imperial de São Petesburgo, em 1881) : “Como é feliz aquele que pode contar aquilo que experimentou, (depois de) terem passado os maus acontecimentos”
"Oh
! Não deixeis apagar a chama ! Mantida
De século em
século
Nesta escura caverna,
Neste
templo sagrado !
Sustentado por puros ministros do amor
!
Não deixeis apagar esta divina chama ! "
(Edward Carpenter - extrato poema do livro "O Caibalion")
O maravilhoso livro “O Evangelho de Sri Ramakrishna", nos monstra a seguinte parábola:
No Nirvikalpa samadhi Sri Ramakrishna havia concretizado que somente Brahman é real e o mundo ilusório. Ao manter a mente durante seis meses no plano de Brahman não-dual, havia atingido o estado de vijnani, ou de “conhecedor da Verdade”, num sentido muito especial e rico, aquele em que vê Brahman é não apenas em si e no Absoluto transcendental, mas em tudo no mundo. Nesse estado de vijnani, às vezes alheio à consciência do corpo, ele se olhava como uno com Brahman; às vezes, consciente do mundo dual, olhava-se como um devoto do Todo, servo ou filho. A fim de tornar o Mestre capaz de trabalhar para o bem-estar da humanidade, a Mãe Divina manteve nele um traço de ego, que descreveu – segundo seu estado – como o “ego do conhecimento”’ o “ego da devoção”, o “ego de um filho”, ou o “ego de um servo”. Em qualquer um desses casos, esse ego do Mestre, consumido pelo fogo do Conhecimento de Brahman, era apenas aparente, como uma corda queimada. Muitas vezes referia-se a esse ego como o “ego maduro” em contraste com o ego de uma alma apegada, que descrevia como ego “não maduro” ou “verde”. O ego de uma alma apegada identifica-se com o corpo, parentes, posses e o mundo, mas o “ego maduro”, iluminado pelo Conhecimento Divino, reconhece que o corpo, parentes, posses e o mundo são irreais e estabelece uma relação de amor somente com a Unidade. Através do seu “ego maduro”, Sri Ramakrishna lidava com o mundo e com a esposa. Um dia, enquanto massageava seus pés, Sarada Devi perguntou ao Mestre: “O que você pensa de mim?” Logo veio a resposta: “A Mãe que é adorada no templo é aquela que deu nascimento ao meu corpo e, aquela que está agora morando no nahabat; é aquela também que está massageando meus pés nesse momento. Na verdade, sempre considerei você a personificação da Bem-aventurada Mãe Kali"
Eis aqui o plano superior da Unidade, com o qual ao exemplo do grande Ramakrishna podemos fundir-nos, naquele estado beatifico de Plenitude total. Mas também observamos aqui, o segundo plano intermédio da Grande Mãe – como mediadora entre essa Plenitude total – Paz Completa, e o necessário trabalho, a realizar no 3 Plano – Físico, seja para continuar nosso percurso evolutivo ate a obtenção desse poder unificador, que nos eleve a luz.; ou, bem, para já tendo atingido esse poder, como o mesmo Ramakrisnha, servir de guia, caminho, exemplo, para ajudar a humanidade a percorrer o caminho certo.
Entre esse plano da Grande Mae e o plano material físico dos filhos / filhas trabalham também os arquétipos elevados e os Filhos Divinos ou Avataras como: Krisna, Horus, Baal, Quetzalcoalt, Lugh ou Cristo - Cada quem marcando a tónica evolutiva superior para uma determinada civilização ou determinada humanidade… Para que a chama nunca se apague!
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