A Ilha dos Amores – de Camões – em nós -- (Palestra do IX Colóquio Luso-Galaico sobre saudade, a 25-09-2024) ------ por Artur Alonso

 


Na Ilha dos Amores nos encontramos com a “Aventura dupla mitológica da Transformação da  humanidade” – Aquela transformação exterior da Sociedade – e, a sua vez, transformação interior do ser humano - Ambas interligadas: por não existir transformação coletiva sem transformação individual e vice-versa.

O caminho exterior e interior estão profundamente interligados: quanto mais o herói se adentrar na sua aventura externa, mais profundo terá que encontrar-se nos seu mundos internos. Quanto mais duras as provações, mais o herói terá que estar livre das suas sombras psicológicas e mais preparado para afrontar os desafios. No caminho o herói se transforma e em essa transformação – transforma o mundo.  

Essas duas transformações se conseguem por meio do esforço (que conleva perseverança, confiança e fé); por meio da virtude (que traz consigo a ética, retidão e alinhamento das sociedades dentro duma humana lei justa e equitativa); assim como do entendimento ou bom discernimento.

Nas duas primeiras no esforço e na virtude – a vontade espiritual superior se impõe ao estímulos inferiores dos instintos, que são atraídos pelos estímulos materiais – apegados à sobrevivência e desfrute dos prazeres mundanos efémeros.

Este episódio nos lembra aquelas “máximas do egípcio Phathotep” vizir do rei Tanquerés da V Dinastia (2414-2375 a.C) onde o caminho do luminoso coração (que conduz a redenção) se sobrepõe ao caminho obscuro do ventre (que se afunda na perdição).

Por meio deste sacrifício – esforço titânico – o herói se liberta das “cadeias da escravidão” obtendo a verdadeira “Glória” que sempre é espiritual ou transcendente – na procura do eterno e no abandono voluntario de apegar-se ao que é efémero – sujeito a morte – dissolução – corrosão, sempre suscetível de corromper-se .


Bianca Morganti em “A mitologia n`Os Lusíadas” faz a seguinte analise: “O herói aparece vestido do próprio esforço, da justa virtude e do claro entendido, promovido pela longa experiência. (…) Mediante a virtude, Camões situa os seus heróis sob o império superior de uma lei, pois submete a grandeza dos seus esforços à fiel observância de uma lei divina, e de outra humana. (…) Mediante o entendimento, o herói poderá discernir o caminho reto que vai levar a sua viagem ao bom porto, juntamente com aquele sintetizado num ideal cognitivo próprio do humanismo: o engenho”

 A Ilha dos Amores no canto IX d´Os Luisiadas de Camões - Lembra a ilha primordial onde por primeira vez pousa o pé Afrodita Urânia – após Cronos ter cortado os genitais a Úrano – aquela parte do Deus que continha as sementes da geração. O membro mutilado vai car ao mar – estalando numa espuma da qual surge a Deusa da Sabedoria – nascida desta onda criadora.

 Lembramos também, nestes passagens, as “Ilhas afortunadas” do jardim do Éden – ou lenda das 7 cidades – mesmo que estas ilhas foram localizadas no oceano Atlântico, a partir do século XV em varias cartas de navegação (como o mapa da Biblioteca de Weimar de 1424, o Atlas de Andrea Bianco de 1448 ou o mapa de Paolo Toscanelli de 1468) – e mesmo que Colombo batizara as ilhas das Caraíbas como Antilhas – o ideal mitológico, que se oculta por trás das mesmas, enlaça perfeitamente com a “Ilha dos Amores” de Camões, situada nos mares orientais…  

Lembra a famosa “Ilha das Antilias” onde o poeta Hesíodo situava os “Campos Elísios” – onde os “heróis virtuosos” tinham a sua morada, após a morte  

Assim que no entendimento o “herói camoniano” já conquistada a virtude pelo esforço, terá adquirido a capacidade superior para discernir, no meio as dificuldades próprias de todo caminho por terra ou mar, o rumo certo que conduz ao elevado porto – Esse novo “porto” traz à consciência individual e coletiva um novo ideal regenerador (que carrega consigo a síntese dos velhos ideias libertadores) esta vez irradiado em seu seio a perceção mais elevada do humanismo renascentista, próprio da sua época.

A ilha dos Amores – supõe o prémio, o necessário obséquio, obtido pelos valorosos homens que não pouparam o risco e destemidos afrontaram a rota da “incerteza” – rumando para o Oriente – o lugar do nascer do sol – O sol central, ao redor do qual giram os planetas – O centro que ordena e orienta.

A “ilha mítica” aparelhada nas entradas do profundo Oceano – lembra as outras ilhas mitológicas – reservadas aos heróis valorosos: lembra a ilha Afortunada dos celtas – Avalon – das belas maças e – das colheitas fartas e abundantes – A ilha onde as 9 irmãs de Morgana, em função de sacerdotisas guardam o caldeirão do renascimento capaz de curar todos os males. Precisamente são estas mesmas sacerdotisas, irmãs de Morgana, as que evocam as brumas que permitem a entrada na ilha encantada.

Assim a ilha mítica guarda os segredos da verdadeira sanação (o feminino umbigo – útero – taça resguarda) e suas guardiãs (na Ilha dos Amores as sedutoras Nereidas, irmãs de Tetis) na função sacerdotal conhecem a cura magica de todos os males, aquela que chega após o renascimento: com a morte para o material se renasce ao espiritual – como o Cristo crucificado.


Aqui, nesta ilha de Camões os jogos amorosos das Nereidas – estão preparando através de esse amor elevado os heróis premiados para sua final transformação – em seres luminosos, que possam marcar o caminho para uma nova humanidade.

Vasco da Gama conduzido por Tétis ao topo do monte “alto e divino” pode ver a máquina do mundo, de cristal e ouro puro. Cristal da transparência – daquele que já não tem sombra que ocultar – o ouro puro da pedra filosofal alquímica – daqueles que transformaram seu pó apegado à máteria no brilho espiritual do ouro verdadeiro.

Através desta “maquina do mundo” Tetis pode predizer os feitos valorosos, que ao povo português vão trazer aquela fama que não esmorece – e dizer a fama da glória não convencional – o aspeto superior de Cléo, que deriva do “Kelio” grego – e dizer a “gloria como revelação superior”

Lembra-nos ilha do Eterno – do poema épico de Gilgamesh – herói ⅓ humano e ⅔ divino, que procura a mesma ilha para encontrar a verdadeira Glória Transcendente – uma vez abandonada a gloria material, daquele que sonhava “gravar seu nome na pedra”

Aqui os heróis lusitanos que rumam a “ilha dos Amores” – já transcenderam àquela ideia da gloria mundana, aspeto obscuro do Cléo – que certos heróis gregos procuravam – como “Aquiles” na “Iliada” - aquele herói que procura ser cantado e lembrado, pelas gerações futuras, pela sua batalha em combate, pela obtenção da conquista material, dentro duma aventura fadada pela dor – não ressarcida pela obteção do território (Daquelas feridas Enéas, nos 12 livros da “Eneida” fará sua “odisseia particular” desde a derrota e fugida de Troia ate chegar a Itália, para fundar a cidade de Roma - futuro centro geográfico do mundo)


Obsessionado pela personagem de Aquiles, Alexandre Magno, vai realizar uma façanha muito superior à do herói mítico. Mais a história nos fala do seu decair, na trama do sonho da “gloria material” – não entanto seu arquétipo, inserido na etimologia de seu nome “protetor dos povos” vai inspirar futuros buscadores da luz – desse arquétipo bebem também os heróis navegantes de Camões – no seu aspeto mais brilhante, luminoso, próprio do solar resplendor duma divindade apolínea.

O racional e lógico Apolo contraposto aqui ao caótico Dionísio, segundo a peculiar visão do filosofo alemão Friedrich Nietzsche, no seu estudo “O nascimento da tragédia desde o espírito da música” muito posterior a epopeia de Camões. Mas esses rasgos contrapostos da beleza elevada racional – supostamente representada por Apolo; e a decadência desatada sensual – supostamente representada por Dionísio – aqui estão pelo herói português luminoso em combate – contra os embates do monstro marítimo sombrio – bem especificados.

A “Gloria” que procuram os lusitanos não é a material – no individual – nem no coletivo. Não procuram ouro e fama “efémera” para si – nem fundar um Império para submeter outros povos… Os heróis navegantes de Camões são visionados como novos argonautas, na procura dum novo mítico e espiritual “tosão de ouro” – noutra "estreita" passagem de Europa para Ásia -atravessando o novo Helesponto: o Cabo da Boa Esperança.

Precisamente esse atravessar o Cabo da Boa Esperança, após vencer o mar bravo – sombrio – permite aos novos e brilhantes argonautas solares aquele aportar, chegar a nova Cólquida das Índias Orientais – Abrindo o caminho para a transição do poder das rotas terrestres ao novo poder das rotas marítimas, que aos efeitos práticos históricos situará a Europa no comando do mundo – uma vez os espanhois abram as rotas para o Ocidente.

Permitindo a rede de pode europeu – infiltrar outras áreas – e consolidar-se, com o tempo – como centro material do Orbe – Mas essa não é a viagem dos argonautas camonianos, se não o resultado prático daqueles esforços. No entanto, existe além dessa realização uma todvia mais sublima ainda por ser conhecida – tornar-se luz: MANIFESTAR-SE. 

Eis aqui que o significado oculto da passagem – o dobrar o Cabo da Boa Esperança – tem a ver com esse “limiar de aguas” em que o herói abandona o caminho da perdição dionisíaco, do naufrágio de si mesmo – para aprofundar no caminho da salvação apolíneo (para sua salvação pessoal e a salvação da humanidade) – Aquele profundo navegar na procura da transformação da mesma alma individual e da coletiva “Alma Mundo”

A viagem de Camões nos Luisidadas é uma viagem iniciática dos navegantes que se transformam a si mesmos e abrem as portas da transformação do mundo – A viagem também é uma guia “ética” carregada das virtudes que o novo modelo de mundo – pode trazer a nova humanidade – Assim como, a mesma trajetória marítima, encobre a missão oculta do povo português, que tem a ver com este “Glorioso” e transformador destino.

A procura desta ilha aparelhada nas entradas do profundo oceano – nos traz a tona – a ideia da busca nas profundidades de nós mesmos – naquela profundeza dentro do mar interior – onde Gilgamesh teve de mergulhar para poder extrair, no mais profundo do marítimo abismo, a planta da eternidade – Planta que mesmo obtida, nunca deve ser desentendidapois um pequeno descuido permite a serpente marinha que representa o instinto inferior – obscuro – roubar-nos aquela essência – raiz – Daí ser tão importante a atenção as tarefas presentes, mesmo visando as mesmas adiantar o futuro. A viagem dos Luisidadas é certamente um avanço cara a esse luminosos futuro

A procura da ilha dos Amores, afirma aqui, a procura do imaculado brilho – a ascensão a Glória Elevada espiritual – Navegação, viagem interior de transformação profunda – para subtilizar a sombra densa que permanece atrasando no “cárcere do presente” a evolução futura da humanidade.

A procura da Ilha dos Amores – em nós – forma parte do mito das ilhas que aparecem e desaparecem na bruma a cada 7 anos. Cobertas de brêtema, somente são acessíveis aos seres preparados para se transformar, como no mito egípcio do “conto do náufrago” – Aquele desorientado ser que a chega a ilha do Ká ou do Espírito, após naufragar ou perder-se (referencia ao abandono do caminho material) e ter necessidade de novo de encontrar-se (referencia a busca dum novo estímulo para viver – agora desprovido de apego – na procura duma nova vida – duma vida eterna)

O caminho da Descoberta das novas rotas de navegação e o encontro da Ilha dos Amores – bebe do pouso espiritual do encontro destas “ilhas mágicas” – como a que visitou São Brandão, no texto escrito na Irlanda, no século VII do “Nauigatio Sancti Brendani” (Viagem de São Brandão) à Terra Prometida dos Santos

A procura da ilha dos Amores – em nós – nos convida precisamente a chegar a Terra Prometida, Santificada – Aquele local simbólico – que teremos alcançado – uma vez pelo esforço conquistado o amor em nós. Obtenção da Glória de Héracles – O Hércules Coroado pela perseverança, confiança, aceitação da dor. Pela luta para encontrar a raiz dessa dor e removê-la. Pudendo, deste jeito, acessar à paz interior – Sendo essa profunda paz o prémio espiritual daqueles que escolheram o caminho da vida – transcendente – e das riquezas do espírito – deixando de um lado o caminho da morte – efémero – e das conquistas ou riquezas materiais intranscendentes

A procura da ilha dos Amores – em nós – é o caminho do sublime esforço do humano evoluído – por ultrapassar o medo atávico ou ancestral a não sobrevivência. Temor, terror, que nos apega a construir o poder material que garante a subsistência e uma vez obtido – viver cegado por conseguir aquele outro poder – de impor. Dominar aos outros, para não ter que sofrer imposição dos mais fortes e melhor adaptados.


A busca do mergulho interior – para achar a ilha dos Amores em nós – desiste do caminho habilidoso de obter o poder predador – sem importar os meios. Esse poder cego – que cega aos homens e os perverte – mesmo fazendo-os abandonar os mínimos preceitos éticos.

A Ilha dos Amores somente pode chegar o ser que se tornou apreciador da bondade, abundância natural e da mesma natureza. Assim como da natureza humana superior que procura elevar-se, auto-aperfeiçoar-se.

Essa ilha aparelhada na entrada do profundo oceano – lembra aquele ponto Imóvel, anterior ao primeiro movimento. Ponto fixo ilimitado - arredor do qual todo se move – Simbolismo do que falava Nicolau de Cusa (no século XV) – ponto de contacto que permite a unidade dentro da pluralidade. Aquele ponto do que precisamente emanava o movimento inicial “Primium Mobile”que fez surgir os mundos. Essa simbologia nos lembra aquela Coroa cabalista de Kether – ponte – entre o Infinito Ilimitado Espiritual – e o inicio da formação dos mundos materiais – que finalmente cristalizam na esfera densa física de Malkuth – o material reino.

E a ilha dos Amores – que apresenta subtilmente o encontro com os prazeres mais sublimes, reservados precisamente para aqueles verdadeiros “heróis” de todos os tempos, que abandonando seu conforto material, desprendendo-se de seu medo a não sobrevivência, realizam a épica aguerrida de por em risco a própria vida (destemidos da morte) na procura do ideal mais elevado – de trazer à terra – para bênção, benefício doutros seres humanos, a possibilidade de alcançar também a dádiva da Luz. A conquista da suprema “paz interior” – obtida ao empreender o caminho elevado do céu – que permite, no esforço coletivo dum povo (em este caso o português) irradiar um novo foco civilizacional – que possa um novo brilho solar dar a “uma Nova Era de Ouro” – E essa vai ser a missão dos povos irmãos lusitanos, na sua peculiar e marítima epopeia.

A procura da ilha dos Amores – em nós – nos faz fortes espiritual e fisicamente para afrontar quais quer tipo de desafio – Nos transmite o valor dos destemidos – a certeza de sempre ser possível conquistar, dentro de nós, o poder de superar a dor – Ultrapassar o sofrimento pelo esforço, seguindo aquela senda do meio que o Budha marcou – no seu “caminho óctuplo” - a via clara para superar a persistente dor (sendo antes conscientes do existir a mesma)

A procura da ilha dos Amores – em nós – não pode ser realizada sem aquele caminho do meio do Budha – complementar com aquele outro do “Amor Incondicional” do Cristo Redentor do mundo. Esse amor que somente pode ser realizado vencendo o medo à morte – o apego a sobrevivência material – que levanta divisão – desconfiança – dos outros nossos irmãos, que passam a ser visionados como inimigos.


A procura “utópica” da Ilha dos Amores – em nós – está ligada a procura “utópica” da Nova Cameloth (do rei Artur - e seus 12 cavaleiros) – Reino ou sociedade da Justiça (que já sonhara Platão na sua República, depois Campanella na sua “Cidade do Sol” ou Tomas Moro na sua “Útopia – entre muitos homens e mulheres que achegaram seu foco de luz à penumbra ainda reinante na mente da humanidade) – Esse reino da instauração da Jerusalém terrestre – em harmonia com aquela sonhada cidade perfeita – do reino divino – ou Jerusalém celeste.

Representação simbólica do ideal da fraternidade humana, que tem no Palácio de Mafra em Portugal – uma viva imagem arquitetónica – com entrada no mesmo pelo caminho do meio das 12 do meio dia…

Essa utopia – como horizonte – aparenta afastar-se de nós, no individual e no coletivo, quanto mais caminhamos em sua procura – Mas sem essa utopia – sem esse caminhar rumo ao horizonte – não haveria evolução: humana navegação – caminhos individuais, por terra e mar, na procura de encontrar-se. Unir-se dentro do coração, pois como bem expressava o poeta afegão Rumi, num dos seus mais belos poemas: “a beleza do coração é a beleza verdadeira”

Esse é o caminho à procura da Ilha dos Amores – o caminho do coração. Essa via de acesso – em nós – lembra o “caminho do herói” magnificamente estudado por Joseph Campbell – A narrativa literária de todos os tempos segue esse rumo, essa corrente do rio na procura de seu diluir-se no mar – A busca do nosso “ser verdadeiro” que no relato de Perceval, de Chrétien de Troyes – é a busca salvadora da Taça do Graal – que permite a sede do peregrino saciar – na Ilha da Imortalidade.

Leão Tolstoi – nos ensinou no seu “Reino de Deus está dentro de nós” que esta procura – dessa encantada “Ilha dos Amores” em nós – começa pela transformação ética e a luta por um mundo onde esta ética – seja lei – reitora da justiça social, que permita a beleza da arte florescer e a bondade prevalecer frente ao embate da barbárie.

Camões nos legou uma outra forma de aceder aquele “sonho primordial” da individualidade, ligada ao transformador “sonho coletivo” de toda a humanidade – E esse sonho é motivador, ainda nos dias hoje, para não perder essa mesma humanidade a necessária esperança de acreditar – a fraternidade ainda ser possível. E de nosso esforço por procurar na nossa ilha interior esse amor, vai depender manter nossa individual e coletiva esperança, e com ela toda verdadeira mudança.


Fernão de Noronha – por sua parte – associou Brasil a lenda das “ilhas Afortunadas” ligando-o ao mito celta da ilha de Hy Brazil que está ligado, sua vez, também à lenda de irlandesa de São Brandão (da que já, neste texto, comentamos).

Lembremos que na cartografia medieval europeia a ilha Brazil esta ligada também a lenda das 7 cidades e das ilhas afortunadas.

Ainda a dia de hoje a península do Monte Brasil, localiza-se na freguesia da Sé, perto da cidade de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, do arquipélago das Açores.

 E, aqui nos cabe perguntar de forma fantasiosa, "retórica" e criativa, se em esta narrativa poética de sublime e virginal visão da "ilha dos amores"  – estaria velando Camões o futuro promissório da humanidade?– A chegada dum novo centro material – para realizar a árdua missão de, após muitos milénios de forçados trabalhos, poder erguer nas terras do Brasil um novo centro civilizacional (Espiritual e material, futuro) – para melhor caminhar em procura daquela anelada “fraternidade”?



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