
Em
1519 Hernán Cortés chega a Tenochtitlan
com o um estandarte da Virgem da Imaculada Conceição, muito
parecida com a Virgem de Guadalupe que anos mais tarde, em 1531, se
apareceu no cerro de Tepeyac ao indígena Juan Diego
Esse
estandarte foi entregue aos Senhores do povo tlaxcalteca,
como reconhecimento a seu poder guerreiro ao lutarem contra os
mexicas, tepanecas e tlatelolcas, em favor do poder espanhol que mais tarde assentaria no território.
Durante
o século XIII, na Estremadura espanhola foi encontrada uma imagem
andalusi – islâmica, que tinha um certo parecido com a Virgem
María, nas margens do rio Wad-al-Lubb (em árabe; “rio oculto”),
hoje o Guadalquivir. Mais tarde outra imagem muito similiar a esta foi nomeada como Virgem
de Guadalupe, e feito um templo em sua honra, no cerro de Tepeyac na atual cidade de México.
Uma
cópia da imagem que Juan Diego encontrou, em 1531, a que em realidade se colocu no Templo. Hoje temos um forte culto neste local aquela Virgem de
Guadalupe, até o ponto de quotidianamente afirmar os méxicanos em verdade serem mais que católicos, guadalupanos.
O cerro de Tepeyac, sempre foi um lugar sagrado, onde os
habitantes do Anahuac rendiam culto a Mãe de todos os deuses, a Deusa
Tonantzin (referência direta a Mãe cósmica – do 2º Trono –
presença na Terra que abre uma linha axial de conexão entre a mãe
Divina dos mundos e mãe Natureza dos filhos da terra – com
idêntica função que outras deusas cósmicas e da natureza têm, em
diversas mitologias por todo o mundo).
A
Mãe Tonantzin junto ao Pai Totahtzin, são os representantes do 1º
e 2º trono cósmicos que unidos (semente e óvulo, no útero
feminino, geram os mundos: os filhos de filhas do 3º trono cósmico).
Estas Divindades com suas ligações – linhas axiais céu-terra, tendidas pelos
deuses da natureza, que unidos geram os filhos e filhas da terra - simbolizam a unidade do sagrado cósmico e o sagrado natural com o sagrado humano. O sagrado humano é nosso espírito transcendente. Tonantizin
e Totahtzin, são na mitologia nahualt a polaridade latente (que se
vai manifestar no mundo material) que está inserida dentro do
corpo do deus Supremo Ometeotl. Tendo aqui um referente ao
Ser-Imanifesto, Eterno, Todo-Uno, Não -Ser (Ometeolt - o Parabramha dos Indianos): em processo de vir a Ser
– Manifestar-se desde o Ilimitado Espiritual ao Limitado material.
Então
podemos aqui inferir que a Virgem que surge das águas ocultas (O
Wad-al-Lubb) do 2º Trono Cósmico – toma corpo místico no cerro
de Tepeyac – unindo-se a Senhora das Mundos do Anhauc (que simboliza a mesma essência) Tomando
forma a sincretização de duas civilizações, unidas por uma mesma raíz. O que permite trazer ao mundo os caminhos da sabedoria da Toltecayoth do filho
Quetzalcoalt ressurgindo e fundindo-se com o Cristo místico. Sendo estes filhos do Deuses: o Lugh
celta, o Buda, o Horus egípcio, os representantes mitologicos daqueles caminhos diversos, para um mesmo processo de
transformação interior do “ser humano” e exterior dos povos.
Este
todo processo milenar, trabalhado por centos de gerações, se
juntará no continente americano, com outro processo idêntico iniciado na América do Sul – com a criação em marcha dum futuro novo centro
civilizacional no Brasil. Este ponto central estender-se-há ate o rio da Prata, para dar
inicio aquela “Raça Cósmica” que sonhou, não por acaso um
mexicano insigne: José de Vaconcellos.
Os
trabalhos já começaram, e agora que o centro civilizacional
anglo-saxão declina e se traslada o itinerário do IO para criar outro
provisório Centro Geográfico, que guiara a humanidade nos próximos
séculos, provavelmente na Eurásia; a América do Sul, se prepara
para tomar o revezo quando este centro do Oriente – que tem que
orientar agora o impulso que deu, desde nas navegações de Portugal
e Espanha, o Ocidente – entre em seu declínio.
Louvamos,
pois, a Mãe Cósmica do 2º Trono, desde onde descem em missão à
Terra, as hierarquias luminosas, para ajudar a humanidade na sua
árdua lavoura de espiritualizar a matéria: trazendo a Lei Divina –
Dharma, organizadora da vida, do amor e da prosperidade ao mundo do
caos, onde o livre arbítrio sem guia ética tende a desenvolver um
inteligência habilidosa que vive para a egolatria dos desejos dos
sentidos.
Que
a Mãe Tonantzin e Pai Totahtzin, com todos os nomes que recebam em
outras culturas estes simbólicos Pais da humanidade, possam através dos filhos da luz, que trabalham com vontande, perseverança e força, em estes tempos
de densa névoa, iluminar e guiar a humanidade.
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