O Senhor da Montanha - Poema - Artur Alonso
Meu Palácio se encontra estendido na luz primordial interior onde todo brilho é um sol incandescente Um somente por que o amor é indivisível Fora: uma pobre vestimenta, gastada pelos anos e suja da poeira de todos os caminhos imagina possuir nosso corpo lacerado. No interior: o umbigo de Lilith e o peito de Eva transformam Adão em um homem piedoso e, a sua vez, num terrível e místico guerreiro Não venhas perturbar-me a paz, ao igual que me vês deitado no caminho também me podes olhar do Alto da Montanha dirigindo as caravanas carregadas dum ouro singular para voltar adentrar-se naquele luminoso destino onde eterno meu Palácio foi – tal vez – um terrível sonho Ali onde “EL-Shadai” nunca é intransigente No entanto, também me poderias observar dirigindo os exércitos das planícies, carregados de ira por não lhe aprouver acordar, no reparto, as terras férteis e Baal sendo tão amoroso que Aserah sua mãe nu...